Robert Long não é um desconhecido na Holanda

29 02 2016

Nomes referidos na canção “Homo Sapiens” (disco de 1980):

Quem é Simonis -Não sei se Robert Long soube dos silêncios cúmplices de Simonis sobre um padre pedófilo.

Quem foi Gijsen . Há um artigo na wikipedia mas nada diz sobre o seu ultraconservadorismo . A hipocrisia desta pessoa é típica. Como já morreu nem vale a pena dizer muito mais.

Robert Long é um cantor muito conhecido na Holanda sendo destacado na sua geração (dos “anos 80”). Muitas das suas canções são de intervenção como esta que traduzi. Morreu em 2006 com 63 anos . Não terá tido conhecimento, calculo eu, dos desenvolvimentos recentes  e  revelações sobre os abusos sexuais sobre menores de Gijsen.





Homo Sapiens de Robert Long_Translation

27 02 2016

No post anterior deixei um link para a tradução, mas não é fácil encontrá-la. Por isso deixo-a aqui: é longa mas acho que vale a pena. Este meu esforço a traduzir esta canção talvez compense um pouco os estragos que o cartaz idiota Do BE fez à causa das pessoas homosexuais e transsexuais. Aliás nem dá para comentar o cartaz. Reflete a ignorância e a estupidez de quem o imaginou e executou. É um tiro no próprio pé apenas trazendo uma polémica idiota que nada tem a ver com a proposta aprovada na AR. Bem aprovada, na minha opinião, por uma inequívoca maioria de 66,5 por cento dos deputados o que em muito ultrapassa a frente criada para viabilizar o governo. Mas não basta aprovaruma lei, é necessário pedagogia, inteligência e maturidade para a tornar pacífica na sociedade em geral. Inteligência e maturidade parecem faltar cada vez mais ao BE. Apenas lamentável, só isso, sou cristã e não fico ofendida pela estupidez e ignorância só por ela ter como alvo uma figura central na minha fé. Continuem assim , como adolescentes a pensar que são irreverentes por mandarem piadolas lá do fundo da sala de aula e eu faço o que acho que se deve fazer nesse contexto. Não dar importância nenhuma e continuar a dar a matéria devidamente sumariada; “vai sair no teste?” (a pergunta central no sistema de ensino português). “Vai sim, vai sair no teste e não está muito bem explicada no manual!” (resposta central no nosso sistema de ensino) 🙂

Assim sendo, vamos ao que interessa:

Robert Long
Homo sapiens

She is a woman and she is a woman
They live together in a flat in Rotterdam, so what?
One is called Liz , the other Jet
A pair that gets along perfectly
Good catholic and just neat
On Fridays (they eat) even a fish croquette
They sleep in the same bed
And now and then they do it

He is a man and he is a man
They are together since years, is that so peculiar ?
It’s now crystal clear anyway
If they want it, they do it
Although there was no official
That declared “now you are a couple”
Each small animal, its small pleasure , right?
That is not a problem for anybody

Except in the eyes of  a jerk like one Gijssen
That man sees the world with such a devout, bitter cup
because he himself doesn’t fuck he feels so full of disgust
that he must right away reprove any fellow man that might be different
Sitting with God on a chair
That gives a nice power feeling
He finds it for sure outstanding fine
To be more catholic than the Pope
Thus he looks down at mankind
As deputy of the Loved God
Only that “loved” makes no sense anymore since a longtime already

He is a woman and she is a man
That is not since a long time, as it is only possible recently
They founded a family together
That was quite difficult in the beginning
But she took him as a wife
And he is now her best girlfriend
Thus they kept their spirits up
And their life got a new meaning

That is not admissible by a fanatic as that Simonis
Who preaches that God is love, and peace and happiness
That man certainly thinks that he is better than God’s Son
As everything that, according to his concepts, is not normal
He labels as immoral
And that he finds very reasonable
Whoever is different has little chance
He strangles them with his rosary
And kicks them firmly but devoutly
Out of his human viking boat
Seriously and radically in the gutter

But I am a human being and you are a human being
Also known under the collective name as homo sapiens
One wants this , the other that
Here you find something, there you leave something
But if a person, her true nature
During all her lifetime must hide
Then the Church does not worth a penny
Though the priests say “God is good”
For if you consider God good
He certainly doesn’t find it wrong
When you love another person

Each belief claims that it knows
What their God actually means
Let them sing lullabies
Let them sing lullabies
Let them sing lullabies and do what you feel
For they know that their power
Is only based on threats
Thus let them sing lullabies
Let them sing lullabies
Let them sing lullabies
Let them sing lullabies
lullabies, lullabies, lu-lu-lu-lu-llubies
Lulululululululubies
Hmmhmm





Robert Long: Homo sapiens

26 02 2016


texto integral para efeitos de tradução, pois eu não tenho tempo agora  Já vi que o traductor do google transforma o texto de tal forma que nem vale a pena tentar.

Ok , umas horas depois, fiz eu a tradução e coloquei-a on line .

I did this translation hope it’s correct and that it was saved in this site.

Deu-me muito trabalhinho , é mais fácil traduzir textos jurídicos ou técnicos… É estranho que ninguém tenha traduzido a canção que já é tão velhinha, se calhar fui eu que não consegui encontrar. Em qualquer dos casos,  foi um bom treino para o meu Holandês e Inglês.

Nota: há um trocadilho com a palavra “lullen”, que seria ridículo (perderia a piada aliás) colocar na tradução em Inglês. Vá lá façam alguma coisinha e vão ver o que é…





Ora aqui está!

26 02 2016


Estive à procura no you tube de algo irritante: encontrei. Porquê? Porque sim. Deliciem-se os que gostam de ruído a que chamam música…. Esta é selecta , erudita, muito vanguardista…. E só alguns se atrevem a dizer que execram, que é assim uma espécie de crime de lesa majestade, tão grave como dizer que nunca se gostou dos Rolling Stones. Pois é o meu caso, nunca lhes achei piada alguma, estava mais interessada em outro género de música e aquilo era ruído, sempre foi, sempre achei e não vou mudar. Não gosto, não quer dizer que seja má música , daquilo não percebo eu nada. Entretanto se nao se importam, como acordei com a chuva fortíssima às 5 da manhã e que só amainou às 7… vou ali passar pelas brasas… Já fechei todas as portadas de madeira , tratei de verificar e aprofundar os canais feitos para que a água não me entre em casa vinda do subsolo da cozinha, por baixo dos degraus que a ela dão acesso pois está a quota mais alta do que o hall e a sala. E isto tudo à quota de 400m. Só que o terreno dos dois vizinhos (que têm um poço cheio cada um) está a 402m e a física não perdoa…. Vou já parar esta música pois pode dar-se o caso de ter pesadelos …





“Conta-me como foi”… e a “Cidade”

26 02 2016

Tenho seguido diariamente a última temporada da série portuguesa “Conta-me como foi”. Faz-me mesmo recuar para os tempos da minha juventude, teria então a idade da Isabel, o Tóni é o mais velho, esse teria a idade da minha irmã, mas o Carlos seria mais novo que o meu irmão, que é o mais novo dos três, no caso da minha família. A banda sonora da série é boa no conteúdo, mas o contínuo fundo musical tem o volume demasiado alto, muitas vezes não deixa ouvir o que dizem os actores. Não sei se será apenas erro técnico se é intencional para nos distanciarmos daquela história em particular, mas não me parece boa opção , pois eles são todos bons actores , e isso desrespeita o bom trabalho que fazem. Por associação, não sei bem porquê, lembrei-me hoje de uma das canções mais significativas para mim (que ouvia muito nessa época e sabia de cor, música e texto) e que me faz mesmo viajar no tempo…Há muito que não a ouço, por isso quando a ouvi hoje de novo veio com ela muito do envolvente contexto político , emocional e não só, parece mesmo que por instantes estou lá outra vez e sou jovem… Coisas do nosso cérebro.


A letra de Ary dos Santos está na descrição deste vídeo no you tube





Iria , se fosse em Coimbra

24 02 2016

Iria apesar de não me sentir convidada… iria porque tenho curiosidade em saber o que se diz na apresentação do livro sobre a manif de profs de dia 8 de Março de 2008, da autoria de P. Guinote. Quanto ao livro, não li nem comprei ainda, espero que o autor seja Guinote 1 … Iria à apresentação também porque não me esqueci desses tempos, nunca esquecerei. Estive nessa manif e em quase todas as que se seguiram, convocadas pelos sindicatos e/ou pelos movimentos pelo menos durante 2008 e 2009, mas isso é porque sou de “direita”… E não acho nada que tenham sido inúteis. Não foram. Quase caía uma ministra e um governo com ela… A ministra acabou por não ser reconduzida, como sabemos. E acrescento, mas isso é porque sou de “direita”, não fossem essas manifs e ainda teríamos os “titulares” o que, em abono da verdade também se deve a Mário Nogueira (é o único aspeto em que o defendo,pois outro qualquer gostaria daquela coisa dos “titulares”) ele soube interpretar a vontade dos professores e não fez concessões nessa questão. Relembro que eu era “titular” e, com muitos outros “titulares” e “não titulares” (esta dos “titulares” faz-me sempre lembrar a piada dos “papuas” do Lagaffe), gritámos a plenos pulmões na grande manif: “categoria só há uma, professor e mais nenhuma”





A velha Albion no seu melhor… ou seja , a ser como sempre foi

23 02 2016

Espero que no acordo firmado pela UE com os nossos “aliados” ingleses haja reciprocidade, simetria, equidade…. Nada de abébias para os cidadãos do Reino Unido no resto da União. É que por cá, é sobretudo no Algarve (e talvez Sintra e Cascais e assim…)  que temos os ingleses ricos que não precisam das nossas abébias, mas no resto do país encontramos britânicos remediados e até pobres que para cá vieram porque o custo de vida é mais baixo ( e o clima melhor, claro). Pelo menos para os chegados a Portugal há menos de quatro anos, tratamento especial igualzinho ao que eles prepararam para os nossos cidadãos recém-chegados ao RU!!!!!

Acho mesmo que eles nunca estiveram verdadeiramente na UE. Há muito que têm um pé dentro outro fora. Querem, como afirmou Cameron, sem corar de vergonha, “o melhor dos dois mundos”. Não assinaram nunca, nem nunca assinarão Schengen.

E agora têm um estatuto especial na UE!!!!

Se saírem que vão com God e, já agora , que salvem a rainha eles, porque embora a UE tenha tempo para os aturar God will or should be too busy with serious problems in the eastern frontier of Europe and has no time nor patience for the UK at this moment let alone to save the Queen.





Orçamento 2016 em debate no Parlamento

22 02 2016

Carlos César está a dizer uma grande verdade: pela primeira vez na história PCP, Bloco e PEV vão votar a favor de um orçamento proposto por um governo!

E eu acrescento: assumam-no, portanto. Mas aposto que vai ser “sim, embora…” ou seja querem votar a favor na generalidade para depois na especialidade entrarem em euforia para alterar coisas.

Quanto à renegociação da dívida, ou ao seu “debate”, devem estar loucos, os deuses, ao anunciar tal “debate” Então é que  teremos eleições dentro de um ano, pois essa ideia peregrina terá consequências tais que vai tudo entrar em parafuso com os aumentos dos juros da dívida e consequente destruição do “cenário de crescimento ” que sustenta este orçamento. Enfim , eles lá sabem, os deuses….





Os nossos alunos saberão isto? E nós?

20 02 2016

Não, não sabem. Nem mesmo os do 12º ano da área de ciências.

Este cidadão alemão que recorreu ao Ciberdúvidas não sabe , mas não se preocupe, nós também não :-).

Ciberdúvidas:

«

“Sendo alemão, fico perfeitamente confundido em relação ao uso dos números em Portugal (não me interessa a “língua brasileira”). O número 1 000 000 000 como é que se diz? E 1 000 000 000 000? Esta metodologia é depois seguida com triliões etc.?

Na contagem normal, quando é que se usa o “e”?

Como se escreve “14”?

Desde já obrigado pelas respostas. ”

J. Minnemann Portugal

(RESPOSTA)

Em Portugal:

1 000 000 000 = mil milhões;

1 000 000 000 000 = um milhão de milhões, ou seja: um bilião.

Depois, temos:

trilião = um milhão de biliões (a unidade seguida de 18 zeros);

quatrilião = um milhão de triliões (24 zeros);

quintilião = um milhão de quatriliões (30 zeros);

sextilião = um milhão de quintiliões (36 zeros);

septilião = um milhão de sextiliões (42 zeros);

octilião = um milhão de septiliões (48 zeros);

nonilião = um milhão de octiliões (54 zeros).

Estas designações (acima de um milhão de milhões) caíram em desuso em Portugal, indicando-se, por exemplo, em vez de um septilião, 10 elevado a 42, que corresponde à unidade seguida de 42 zeros. Mas, mesmo quanto ao bilião, caro consulente, recomendo-lhe cuidado: muitos economistas, influenciados por outras metodologias, referem-se a este número como se um bilião equivalesse em Portugal a mil milhões. Ainda não é assim. Com a “globalização”, todavia…

Conjunção e – na contagem corrente, emprega-se com a mesma função que tem nas frases: coordenação, ligação, no sentido genérico demais. Por exemplo: dois e dois = quatro. Ou na denominação dos números: trinta e nove; cinquenta e oito. E nos números maiores: quarentae oito milhões, trezentos e catorze mil, setecentos e quinze escudos e cinquenta centavos.

Quanto ao número 14: em Portugal, catorze; no Brasil, quatorze (mais próximo do étimo latino, “quatuordecim”). »





José Gomes Ferreira: “O meu Programa de Governo”

20 02 2016

Estou a ler agora. O livro é de junho de 2013, mas interessei-me por este autor, mais desde o ano de 2015 , pelas intervenções na TV . Agora estou a ler o livro embora haja mais um, posterior . Nestas coisas de política económica gosto de seguir cronologicamente as obras de um autor. José Gomes Ferreira é um homem assertivo, parece muito convicto do que defende. Já o ouvi criticar o governo de “direita”, a banca, Catroga, para além de dizer, à autoproclamada “esquerda”algumas verdades pouco agradáveis, mas que opõem a realidade dura e crua em que vivemos à fantasia ou utopia delirante de alguns dos defensores de uma alteração ( não se sabe bem como) das regras que  nos impõem os mercados por força  e em resultado da força dos mesmos.

Chamaram-lhe vendido e outros mimos assim. Não acho que seja desses. Mas o tempo pode ir mostrando quem tem razão. Quando ao país e ao governo actual no qual não votei, não tenho pressa em que se prove que tenho  razão , eu, muitos como eu e este autor, J G Ferreira, pois isso significaria algo de mau para o país… Até rezo por um milagre.