Não há data nenhuma a comemorar mas lembrei-me de Salgueiro Maia e do salto no vazio que deu, já que não consta que tivesse uma bola de cristal ou viajasse no tempo para saber que o golpe iria ser vitorioso. Promovido a capitão por serviço na frente, em África. Não foi, portanto, um miliciano que passou da faculdade para o quartel (não desfazendo, claro está, no percurso dos milicianos, a intenção deste post não é ofender ninguém, tanto mais que, sendo mulher, a ameaça da frente de África não pairava em cima da minha cabeça, mas nas dos meus colegas da universidade).
Na wikipédia:
“Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
“Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui.”
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente.Depois seguíram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.“
Grã cruz disto e daquilo deram-lhe. Alguém sabe com que graduação foi enterrado?
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