Mais “metalinguagem”

28 06 2008

No post sobre partidos políticos não coloquei o título académico do Professor Doutor Cavaco Silva, pela simples razão de que estava a falar de Cavaco enquanto marca, carimbo, produto, por assim dizer. Não houve intenção de desrespeitar a figura do académico nem do Presidente da República. O considerá-lo enquanto produto também não desrespeita o cidadão seu criador, acho eu.

E antes de retirar para um fim de semana curto em Vale de Corvos, realço o artigo do Reitor, sobre avaliação de professores a não perder, bem com a caixa de comentários.





Actualizações

28 06 2008

Actualizei o about.

Actualizar significa também tornar actual no sentido anglo-saxónico. Mais concreto, digamos assim, não mais real. Porque real é tudo isto por aqui, na net, nos jornais, na TV, tudo bem real, do mais elevado ao mais abjecto, quer se queira quer não. Mas paro já com estas precisões linguísticas.

A propósito de precisões linguísticas, não resisto a acrescentar algo que me vem da experiência pedagógica, de quando ensinava Economia e Sociologia no tempo em que ambas se escreviam com maiúsculas. Era já então muito difícil fazer os alunos perceber a diferença entre o concreto e o abstracto, por exemplo.

As ideias que os jovens do secundário interiorizaram a respeito das ciências e do conhecimento são típicas de um ensino dominado pelos ditames de um certo diletantismo pedagógico (chamemos-lhe assim para não ofender ninguém) que parece descurar aquilo que é básico e evidente, na minha opinião: a compreensão do método científico positivista deve ser uma passagem obrigatória antes de se ensinar a ultrapassagem do mesmo. Os alunos, que nunca aprenderam, a sério, o método científico positivista, experimental ou lógico, interiorizam o vale tudo , pois se os profs lhes dizem que é tudo produto da imaginação, também no método experimental, e patati e patata, porque raio é que não admitem as várias respostas possíveis inventadas, imaginadas pelos alunos para as mais variadas perguntas???? O vale tudo está, aliás muito mais de acordo com o quotidiano deles, caracterizado pela fragmentação e pelo excesso de dados (continuo a recusar-me a chamar-lhes informação, são dados , dados, dados, dados, em todos os sentidos..dados) …





Música de fundo para campanha eleitoral (política educativa)

27 06 2008

Música de fundo (outra vez Rimsky-Korsakov) para acompanhar a distribuição de computadores, de “bandas largas”, de computadores, de mais computadores e de “primeiros tijolos” para melhorias arquitectónicas em escolas e ainda para servir de música de fundo, em Setembro, na entrega de computadores e de diplomas, que ameaçam ser muitos, dados os progressos espectaculares conseguidos por este governo no combate ao insucesso escolar através de medidas variadas entre as quais as novas oportunidades e intervenções oportunas na adequação dos instrumentos de medida e selecção.





Então e o PS?

27 06 2008

Aviso ao leitor: Mesma advertência do post anterior e  ainda presença de sugestão… de linguagem ou imagens pouco próprias.

No post anterior, esqueci-me do PS, imagine-se porquê…

Esse será usado no boletim de voto para anular o mesmo, através um desenho sugestivo que colocarei, ao lado do nome desse partido, a seguir à cruzinha….





INTENÇÕES DE VOTO

27 06 2008

AVISO: Neste post vão ser referidos partidos políticos bem como as minhas intenções voto: quem não quiser saber, por favor, clickar na cruzinha em cima no canto superior direito ou em “retroceder” para voltar ao site de onde vem.

Nas próximas eleições seria muito bom que cada partido colocasse no seu site, por círculo, uma informação que permitisse ao eleitor saber qual o último candidato que vai ter hipóteses de entrar no parlamento. Um currículo detalhado de todas as pessoas da lista, com o seu trabalhinho a nível do distrito ou círculo por onde vão ser eleitos seria muito bom também.

É que nem por sombras é trigo limpo que o meu voto vá para PCP ou Bloco – não depois daquela manhã do dia do “acordo” com o ME, em que Louçã e Jerónimo de Sousa já tudo sabiam, enquanto os profs estavam muito longe de conhecer ao menos as linhas gerais da grande vitória que tinham alcançado. Os professores estão revoltados na mesma e muitos agora nauseados e de pés e mãos atadas pelos “entendimentos” dos camaradas

Estando o CDS fora de questão, votar PSD é muito difícil para mim e ainda me lembro bem de Cavaco e dos seus clones, um dos quais é a Drª Manuela. Por outro lado, não desejo a esta última (apesar da sua passagem de má memória pelo ME ) tanto mal assim, é demais para este país uma primeira ministra mulher,  uns meses ainda vá, mas mais do que isso é demais… mesmo para um “homenzinho” como ela (como alguém lhe chamou no “eixo do mal” e até que era um cumprimento). Não, não lhe desejo tanto mal assim, pelo que se adivinha que terá que suportar em urbanidade dos seus pares e dos menos pares, a avaliar pelo que tem caracterizado a política portuguesa nos últimos tempos, no que respeita à tolerância e respeito pela diferença em geral e pela de opinião em particular.
Assim, vou querer saber o nome da pessoa que ajudarei a eleger a nível do círculo, o que tem feito e dito. Se o partidinho a que pertence TEM DISCIPLINA DE VOTO, ENTÃO NÂO TERÁ O MEU VOTO, pelo que tudo indica que o mesmo será BRANCO ou NULO conforme me apetecer na altura.





Falla e Rimsky-Korsakov

26 06 2008


Página oficial de Manuel de Falla


Nikolai Rimsky-Korsakov

Aqui nem se consegue vislumbrar qual o mais ibérico, digamos assim…





Avaliação de profs em modo de…?

26 06 2008

Haverá várias hipóteses:

-em modo de farsa: automática, tudo a Bom porque “os avaliadores” são “porreirinhos” e quem quiser ter “muito bom” ou mais, então será “à séria” (como se diz por Lisboa em certos meios que acham que são “não privilegiados” por não terem tido oportunidade de ter lições de piano…)

-em modo “à séria”, para rebentar com o sistema, exigindo observação do máximo possívvel de aulas, fundamentação de qualquer notinha atribuída em qualquer item- fundamentação teórica baseada nas doutas teorias das “Ciências” da Educação.
Recursos um pouco por todo o lado, a chegar aos tribunais, se for preciso.

-em modo de boicote: auto avaliação toda a “excelente” ou toda a “não satisfaz” dependendo dos objectivos que se desenharam … que, em modo de boicote, serão respectivamente minimalistas ou maximalistas….

Há depois as mais variadas alternativas individuais, como pedir reforma antecipada (se for possível), emigrar, dar entrada na clínica, etc, etc…





5º ano do conservatório (piano)

25 06 2008


O GAVE ainda por aqui não passou, o que nos permite dar os parabéns a esta estudante.

Mas se a prova do 5º ano fosse, por exemplo, a peça seguinte, teríamos mais talentos artísticos:

Claro que é exagero, escolhi esta porque ser uma boa lição para crianças (que saibam Inglês…)





Arnold Schoenberg: dodecafonia

25 06 2008


Um exemplo de música contemporânea que marca um limite…esta ainda consigo ouvir. Mas outra peça, um pouco mais atonal (digamos assim) e começo a preferir ir ao dentista. Por isso, este tipo de música clássica contemporânea não vai aparecer muito por aqui. Sei que para alguns será boa notícia. Para outros, talvez mais uma prova da natureza jurássica do blog.
Eu quero crer que a polémica sobre tonal e atonal depende apenas do gosto, mas não tenho a certeza de que assim seja.
Sobre a dodecafonia, aqui fica um vídeo que clarifica um pouco a questão. É mesmo por achar que seria lacuna não deixar informação sobre este tipo de música que hoje achei por bem fazê-lo. Só por isso. Que me desculpem os admiradores da dita.





Mussorgsky – Uma noite no monte calvo

23 06 2008


A música é certamente apropriada a visões eventualmente exageradas sobre o ano lectivo que vem e os outros a seguir, mas as imagens aqui propostas são inadequadas… não será tanto assim.
Este vídeo assustador mereceria mais informação a acompanhar, tendo em conta que é de 1933. Infelizmente, quem o colocou no you tube não acrescenta mais do que está no genérico.
Quanto à ortografia do apelido do compositor (Modest de nome próprio), parece que será assim, mas não tenho a certeza.