A notícia é interessante e a incongruência é explicada no artigo do Público:
Lince ibérico deixa de ser uma espécie “criticamente em perigo”RICARDO GARCIA 23/06/2015 – 08:21
Ligeira melhoria da situação dos linces é uma das novidades da revisão da Lista Vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza.
Será novo estilo de marketing? Resultou fui ler. Mas acho que iria ler na mesma já que não acredito na redução de perigo de extinção do lince. Talvez se controlarem mais apertadamente a caça ao coelho, o animal tenha hipóteses. Temos pelo menos 1 milhão de caçadores em Portugal Um milhão de caçadeiras e isto se cada um só tiver uma- é um caso a estudar, o reduzido número de homicídios apesar disto, mas isso é outra história. Aqui nas minhas redondezas mataram tudo : javalis (que por acaso estão protegidos…), raposas e coelhos, já nem falo das perdizes pois há milénios que não vejo nenhuma por estes lados. Claro que basta darem cabo do coelho para a raposa e o gato bravo desaparecerem num instante. Também a substituição da floresta autótone ou de pinhal por TALHADIA de EUCALIPTO também contribui em muito para que a fauna toda se desequilibre. Por isso acho que são uns líricos aqueles que acham que o lince ibérico tem hipóteses. Só se for em Espanha , do lado de cá da fronteira, só as boas vontades e a criação em cativeiro não chegam. Eu desafio todos os que me lerem a dizer se alguém alguma vez avistou, nem que seja de relance o felino ibérico tão ameaçado. Mas é preciso que confirmem que era mesmo lince e não um ou outro gato bravo que ainda vai escapando, também muito esquivo e acossado mas vai sobrevivendo segundo dizem por aqui.
Estão a ver que consigo falar de outras coisas diferentes do tema da Grécia? Não há aqui metáfora nenhuma, escusam de procurar , pelo menos da minha parte.Estou a falar do lince e da estupidez humana, só isso e talvez só aí haja um ponto comum com o outro assunto. Agora me lembrei , há também o facto de ser preciso gastar dinheiro para manter o lince , senão extingue-se 🙂 Meninos, toca a preparar a bolsa para uma vez mais fazer face à nova onda de cortes que aí virão em refluxo da questão da …. Grécia. Quem vai pagar o IVA especial para a electricidade grega, quem acham que vai ser que vai pagar isso? O contribuinte alemão, claro, mas a esse já não faz muita diferença, quem vai pagar e sofrer somos nós pois os juros da dívida vão aumentar por certo. Todos (ou seja, os “mercados”) sabem que há limites para a paciência e por aqui também há quem não goste de austeridade (gente de gostos esquisitos, pois a austeridade é algo de delicioso como todos sabemos). Agora sim estou a falar da Grécia. E de Portugal.
Mudando de assunto, acabei de ler o livro de Murakami. O livro , Kafka à beira-mar agarra mesmo, não consegui parar de ler. Acho que pode dar-se o caso de não ter percebido metade, não interessa. Alguns factos ou sonhos revoltam as entranhas, ou são “gráficos” como dizem os americanos antes dos documentários mais ousados ou violentos, ou a moral que tenho tão instalada que é visceral fez-me rejeitar quase fisicamente o que estava a ler. Sofri na leitura de alguns capítulos, mas talvez tenha absorvido também algo da personagem de nome Nakata, espero bem que sim. As metáforas , que constituem o livro todo, arrisco a dizer….preciso de tempo para entender. Posso dizer que é autor que vou ler mais.
PS: Entretanto o Público já colocou uma foto do lince em vez da otária de Guadalupe 🙂
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