As lagartas estão bem e recomendam-se. Ontem estavam moles, sem grande voracidade , mas hoje recuperaram. Bicho maldito. Pode ser por ter chovido que o produto tenha sido lavado . Depois da próxima chuva( que vai ser domingo) teremos nova aplicação do inseticida, o que coincide com a “cura” dos sete dias depois. Agora não as removo, quero ver como evoluem. O combate mecânico, ou seja, removendo uma a uma, revelou-se completamente ineficaz, em 2022. Deveriamos já ter aplicado um veneno nesse ano. Venenos que matem toda a cadeia alimentar não vamos usar obviamente, mas os passarinhos nem sabem que elas existem, não as conseguem ver, infelizmente, pois são completamente novas, foram importadas, vai levar tempo até que os pássaros se apercebam da sua presença, pois antes delas ,nos buxos, nada havia de lagarta nativa, nem caracóis os comem, o buxo é tóxico, mas não o suficiente, está bem de ver.
Acho mesmo que os arbustos de cem anos (depois de ter observado a reação deles) são sábios o suficiente para reforçarem a toxicidade, mas tudo isso leva tempo e esta lagarta tem vantagens sobre a pobre planta: é inteiramente nova reproduz-se aos milhares e é específica do buxo, portanto não se rala com a toxicidade dele, ele, o buxo, terá de ser muito ingenioso na adaptação da dosagem. Sendo não nativa, não tem predadores, tem um mimetismo incrível pelo que os pássaros e outros bichos os não vêem, nem a vespa cabro nem a velutina, nem a comum. A vespa europeia comum (a pequena) só apareceu quando eu estive a esmagar muitas no cimento, vieram pelo cheiro, calculo eu, elas e moscas , muitas.
Tudo isto pode ser metáfora? Se vos apetecer fazer eventuais comparações, por mim tudo bem. Estou já na guerra química (suave ainda, mas estou com ganas de intensificar).
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