“goste-se ou não são elas (as organizações sindicais) que , institucionalmente, representam os professores (…. ) diz-se algures no comunicado da fenprof
bem é melhor ler bem a lei sobre tal representação ,pois , para os programas , conteúdos, currículos, teorias pedagógicas e questões didáticas, projetos educativos, tenham santa paciência, mas não representam professor nenhum!!!!! Era só o que faltava agora os governos tinham de ouvir os sindicatos sempre que quisessem fazer reforma curricular. Tinham de ouvir os professores sim, mais ou menos bem representados pelas associações das disciplinas que leccionam e sobretudo as escolas. Os diretores não representam os professores pois aceitaram ser os elos de transmissão do Governo para aplicar tudinho que o ministério produza, mas institucionalmente representam as escolas . É nas escolas que estão os professores embora os diretores representem muito mal os professores como se verificou no tempo da MLR que os elegeu como seus únicos interlocutores para tratar de assuntos de política educativa , tanto de ordem funcional como de ordem laboral…. e aí sim , são os sindicatos que os representam por lei. Para a política educativa no que diz respeito a programas, currículos, avaliação externa e interna dos alunos, haveria de se conseguir uma representação profissional para essas questões funcionais!!!! Os Sindicatos querem também dar formação sobre as soft skills, é isso?
Sei que dirão que não se podem separar as duas questões ,a laboral da funcional. Claro que não ,se não houver bom senso, pois se os operacionais do PS quiserem uma vez mais criar uma situação em que tudo se exige dos professores, nos timings que muito bem lhes apetece (aos mandantes do PS no ME) , aí deve entrar o sindicato sem dúvida. Que deveriam ter sido convidados concordo. Mas que iriam lá dizer , já agora? Ajudar à festa da flexibilização, do fim dos exames, do vale tudo e passa tudo , o que é preciso é a escola inclusiva e alegria na sala de aula?
Quanto à política educativa deste governo eu acho que podem uma vez mais conseguir pôr as escolas de pantanas e instaurar o caos, e passa tudo e sucesso à força em tudo quanto é escola… Desvalorizar o diploma do ensino secundário é apenas terminar um processo já há muito começado. Desde que as Universidades estejam atentas e estabeleçam um examezinho à entrada , até é melhor para os profs do secundário que têm de fazer esse trabalho atualmente: organizar, vigiar e corrigir os exames nacionais e tudo o mais que envolve muita logística e responsabilidade. Que o faça o ensino superior pois terá de o fazer sob pena de o mercado acabar por determinar, goste-se ou não, o que lhes acontecerá… às universidades e politécnicos que também achem que entra tudo minha gente , pois o que é preciso é ter alunos para manter os tachos……..!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
PS: Fui rever a lei de bases do ensino de 1986. É a que está em vigor não é? Nada consta a respeito da participação direta de sindicatos na definição de currículos, etc. Há o Conselho Nacional de Educação. Nem de professores se fala, apenas da participação democrática em geral e na gestão em particular. Portanto…
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