NATO versus BRICS? Isto é para levar a sério?

29 06 2022

O Putin deve estar a espumar de raiva contra o Erdogan. Não será por acaso que Lavrov anuncia o processo da adesão da Argentina e do Irão aos BRICS e diz coisas, como se fosse o representante supremo dessa “organização”. A China faz low profile , mas nada de condenar os vizinhos … e tem-se dado bem com a estratégia, porque nós deixamos.

Ainda não vi a reação do Putin ao recuo da Turquia em relação ao veto (prometido ao Putin.. ou não… hehehe) à adesão da Finlândia e Suécia à NATO. Só ouvi na TV (algures) que o Putin diz que o que não quer é armas ao pé das fronteiras russas. Ora, por um lado a FRussa faz manobras no Báltico, passa pelo espaço dinamarquês sem pedir licença, acumula armas e militares não muito longe da Polónia na sua amada Bielorússia…. por outro lado, as fronteiras russas parecem ser móveis , com tendência a avançar por outros países adentro, como a Ucrânia. A NATO tem assistido muito pacientemente, como todos nós, em direto, a uma invasão de um país soberano europeu e democrático sem que a Rússia tenha sido militarmente provocada por esse país ou pela NATO, e pacientemente nada de militar com relevância foi feito para não deixar a FRussa ficar a rir-se. Ainda tinham relutância a enviar à Ucrânia misseis de longo curso, será que já vão mandar? Não percebi. Ora eu acho que só mesmo com esses mísseis cruseiro e com força aérea é possível à população russa perceber que estão em guerra, ou seja, se começarem a ser bombardeados , como os ucranianos têm sido bombardeados por todo o país, então começarão a fazer perguntas… Se acharem muito bem a guerra, pois então que assim seja. Faz-me impressão este medo da “escalada” que parece paralizar qualquer ação por parte dos aliados. Ora eu li coisas sobre a IIGG e aconteceu isso mesmo, o medo da escalada, o “peace in our times”, por isso acho que o PM inglês atual falou bem ao dizer que a Fed. Russa não pode ganhar esta guerra. É criticado por fomentar a guerra… pois eu acho que ele tem razão, o que não significa que apoie tal figura em outros aspetos… foi ele afinal a cara do brexit, mas pelo menos, tem isto de diferente dos que são gelatinosos e nunca dão a cara, ou escapam na primeira oportunidade, temos muitos destes por cá. Alguns desses , sobretudo do PS, estão no Parlamento Europeu, a ver se passam despercebidos e a ganhar fortunas à nossa conta e dos contribuintes europeus. Já agora, quanto aos deputados europeus do PCP nem vou comentar muito, só digo que o apoio deles à Fed. Russa me enoja e espero que em 2024 ou 2025 o dito Partido Russo .. perdão… Partido Comunista Português perca todos os deputados no Parlamento Europeu que nos têm envergonhado a todos enquanto portugueses democratas.





Eleições em França ….. e a luta contra a traça

20 06 2022

Querem comentários? Então é assim, a lagartinha do buxo continua viva pois escaparam e escaparão sempre as suficientes para fazer nova postura. Dadas as temperaturas do verão português, vai haver mais. Procurei na internet . Na França as posturas são três. Aqui vai haver mais do que três. Googlei mais e há empresas que são parceiras do brilhante AKI que nunca tem nada…Há feromonas para atrair os machos que ficam na armadilha e não fertilizam as fêmeas, o AKI devia ter , mas não tem. Felizmente ainda tenho tempo de procurar na Amazon espanhola, para adquirir armadilhas e outros produtos talvez mais eficazes que os já aqui experimentados na fase larvar, ou seja, da lagartinha. Se nada se faz, então é melhor esquecer que se tem buxos centenários plantados pela minha tia avó. Mas alguém hoje se preocupa com legados não materiais de antepassados ou dos próprios pais? Tudo o que não seja a continha no banco , ou as ações , ou o património que se pode vender tem algum interesse? Há alguém ainda com valores que não sejam os imediatos, o aumento do salário, do nosso, claro está, o dos outros ou a pensão dos outros não interessa nada , deviam morrer depressa e cada um construia a sua reforma e cada um por si. Há muito mais de semelhante entre a esquerda e a extrema direita do que se possa explicitar sem que nos insultem. Por isso, hoje , foi a jato de água em cima do buxo que ontem limpei de toda a lã que protege a lagarta. Sem a lã, o jacto vai mesmo fazer mossa às que me escaparam. Amanhã há mais. Amanhã vai haver jato de água nos buxos centenários. Ah , outra coisa, os “amigos” da Ucrânia não lhe fornecem misseis convencionais de longo alcance porquê? Será que também acham que aquilo é uma “operação militar especial” e não uma guerra? É que normalmente, nas guerras o país agressor também é bombardeado. Pois….





Traça do buxo : novo ataque

18 06 2022

Atacaram de novo: a lagarta do buxo voltou. Já sabia que a traça faz duas posturas pelo menos e esta é a segunda, desta vez decidi borrifar com óleo de neem. Foi hoje, mas acho que foi pouco. Como vai chover, só aplicarei de novo na próxima semana, pois quero que aquilo fique na planta até eu ver resultados . Hoje vai chover , o que lavará grande parte da primeira aplicação. Entretanto, continuo a retirar as lagartas manualmente enquanto as costas me permitem. O buxo não é planta que desista facilmente, está sempre a produzir novas folhas, mas tem de se reduzir a população de comensais, pois , se deixarmos os milhares de lagartas comer à vontade e tornar-se traças que porão milhares de ovos, a planta pode perder a guerra. Há armadilhas com feromonas, mas não sei como se compram sem gastar uma fortuna. Também a joaninha come lagartas, mas é o mesmo problema, não parece fácil comprar,e tenho visto muito poucas por aqui. Se ao menos soubesse a razão pela qual alguns buxos estão completamente sãos, sem uma única lagarta, seria muito bom. Pode ser o sol , os buxos que apanham mais sol não estão atacados, mas há buxos pequenos em zona que não apanha muito sol que também escaparam, por isso não sei. Num site alemão aconselham a envolver o buxo num plástico preto à hora do calor e deixar lá 5 a dez horas, dizem que o buxo aguenta 40 graus, mas as lagartas não e morrem. Para isso, também terei de esperar uma semana, pois calor não vai haver nos próximos dias ( e ainda bem para mim e … para as lagartas). Até lá vou verificando se o óleo fez alguma mortandade e aproveito para matar todas as que vir.





História antiga do aço

15 06 2022

As coisas que às vezes temos de investigar quando se ilustra um livro….

Assim fiquei a saber coisas sobre o aço que não sabia.

“Ancient

Steel was known in antiquity and was produced in bloomeries and crucibles.[19][20]

The earliest known production of steel is seen in pieces of ironware excavated from an archaeological site in Anatolia (Kaman-Kalehöyük) and are nearly 4,000 years old, dating from 1800 BC.[21][22] Horace identifies steel weapons such as the falcata in the Iberian Peninsula, while Noric steel was used by the Roman military.[23]

The reputation of Seric iron of South India (wootz steel) grew considerably in the rest of the world.[20] Metal production sites in Sri Lanka employed wind furnaces driven by the monsoon winds, capable of producing high-carbon steel. Large-scale Wootz steel production in India using crucibles occurred by the sixth century BC, the pioneering precursor to modern steel production and metallurgy.[19][20]

The Chinese of the Warring States period (403–221 BC) had quench-hardened steel,[24] while Chinese of the Han dynasty (202 BC—AD 220) created steel by melting together wrought iron with cast iron, thus producing a carbon-intermediate steel by the 1st century AD.[25][26]

There is evidence that carbon steel was made in Western Tanzania by the ancestors of the Haya people as early as 2,000 years ago by a complex process of “pre-heating” allowing temperatures inside a furnace to reach 1300 to 1400 °C.[27][28][29][30][31][32]

Wootz and Damascus

Main articles: Wootz steel and Damascus steel

Evidence of the earliest production of high carbon steel in India are found in Kodumanal in Tamil Nadu, the Golconda area in Andhra Pradesh and Karnataka, and in the Samanalawewa, Dehigaha Alakanda, areas of Sri Lanka.[33] This came to be known as Wootz steel, produced in South India by about the sixth century BC and exported globally.[34][35] The steel technology existed prior to 326 BC in the region as they are mentioned in literature of Sangam Tamil, Arabic, and Latin as the finest steel in the world exported to the Romans, Egyptian, Chinese and Arab worlds at that time – what they called Seric Iron.[36] A 200 BC Tamil trade guild in Tissamaharama, in the South East of Sri Lanka, brought with them some of the oldest iron and steel artifacts and production processes to the island from the classical period.[37][38][39] The Chinese and locals in Anuradhapura, Sri Lanka had also adopted the production methods of creating Wootz steel from the Chera Dynasty Tamils of South India by the 5th century AD.[40][41] In Sri Lanka, this early steel-making method employed a unique wind furnace, driven by the monsoon winds, capable of producing high-carbon steel.[42][43] Since the technology was acquired from the Tamilians from South India,[citation needed] the origin of steel technology in India can be conservatively estimated at 400–500 BC.[34][43]

The manufacture of what came to be called Wootz, or Damascus steel, famous for its durability and ability to hold an edge, may have been taken by the Arabs from Persia, who took it from India. It was originally created from several different materials including various trace elements, apparently ultimately from the writings of Zosimos of Panopolis. In 327 BC, Alexander the Great was rewarded by the defeated King Porus, not with gold or silver but with 30 pounds of steel.[44] A recent study has speculated that carbon nanotubes were included in its structure, which might explain some of its legendary qualities, though, given the technology of that time, such qualities were produced by chance rather than by design.[45] Natural wind was used where the soil containing iron was heated by the use of wood. The ancient Sinhalese managed to extract a ton of steel for every 2 tons of soil,[42] a remarkable feat at the time. One such furnace was found in Samanalawewa and archaeologists were able to produce steel as the ancients did.[42][46]

Crucible steel, formed by slowly heating and cooling pure iron and carbon (typically in the form of charcoal) in a crucible, was produced in Merv by the 9th to 10th century AD.[35] In the 11th century, there is evidence of the production of steel in Song China using two techniques: a “berganesque” method that produced inferior, inhomogeneous steel, and a precursor to the modern Bessemer process that used partial decarbonization via repeated forging under a cold blast.[47] […] “

Artigo completo na Wikipedia





Já chegou…

10 06 2022

O verão, que só chega oficialmente no solstício de Junho, resolveu fazer-nos lembrar que virá em força. Teremos agora três dias de canícula. Pena ter de ir fazer umas compras hoje, vai ser penoso entrar no carro que não está em garagem ou debaixo de um telheiro… Enfim, os terrenos ainda não estão secos , ainda há ervinhas verdejando, da chuva que caíu, por isso ainda não tenho aquele medo do fogo que se tornou uma constante em todos os verões. É que 40% do concelho não ardeu em 2017 e a parte não ardida é quase tudo eucaliptos, sendo que , entretanto, os ardidos recuperaram e já vão altos por essas serras, pintando-as daquele cinzento esverdeado característico dessa árvore sobretudo em jovem. Nada se fez para ordenar o território, o cadastro vai arrancando muito lentamente em alguns concelhos, sendo que só os terrenos rústicos estão a ser localizados, os urbanos não, parece que os notários sabem onde se localizam. Bem, não sei mesmo como sabem tal coisa, acho que não sabem e há muitos terrenos urbanos onde crescem eucaliptais e pinhais, onde são mesmo feitas novas plantações. As autarquias cada vez têm menos poder na floresta . Seria bom ou não tanto que tivessem mais poder? Pois é , se a Câmara for amiga dos senhores dos eucaliptais isso seria mau, se a Câmara for a favor da floresta autótone isso seria bom, portanto , quanto a isto eu só digo ou repito o que tenha andado a dizer recorrentemente. Que o plano de ordenamento tem de ser centralizado, mas para isso é preciso competência e não sei onde ela anda, só vejo técnicos ao serviço das celuloses a botar discurso sobre a “bondade” das plantações “bem geridas”. Não há instância nenhuma que se ocupe da preservação da floresta autótone, da paisagem, do ambiente, da prevenção de fogos através de espécies MUITO MAIS lentas a arder do que o eucalipto ou o pinheiro. A “fominha” de papel continua a alimentar os lucros fabulosos das celuloses e, na proporção da falta de “matéria-prima”, vai aumentando a voracidade para estenderem o eucaliptal “produtivo” por todo o território, ou seja, em terras planas com água, onde antes se fazia agricultura (cereais) ou vinha.

Nunca cheguei a ir “descascar” os meus eucaliptos, por isso eles rebentaram e já vão altos. Vamos cortando pois precisamos de lenha. Em 2018 foram todos cortados e alguns eram gigantes. Eram gigantes mas não eram de tronco único. Deixei um gigante de tronco único pois a árvore, se a deixarem crescer , é imponente e bela, e continua a ter as propriedades que estiveram na origem da importação desta exótica invasora: o cheirinho e o valor ornamental. A outra exótica, a acácia, é bonita em Abril, fica toda amarela, há quem venha todos os anos à lampreia e ver as acácias…. Pois é , mas, por exemplo, a serra da Lousã já foi uma serra de pinheiros bravos e silvestres, castanheiros e outras folhosas de folha caduca, era uma serra linda há cerca de 50 anos e está hoje invadida de acácias, degradada por cortes rasos e com vertentes totalmente despidas de vegetação, a que não é alheia a proliferação do veado, que destrói tudo quanto é rebento de árvore não resinosa (acácias e eucaliptos eles não comem , infelizmente). Pois é, introduz-se um animal sem pensar que é preciso introduzir o respetivo predador ou teremos problemas sérios. Estas informações sobre a Lousã foram refrescadas pela interessantíssima palestra/reunião on line a que assisti , promovida pela Aliança pela Floresta Autóctone que tem feito um louvável trabalho . Subscrevi já há algum tempo essa aliança, logo que a descobri na net. Fica o desafio de irem ao site e subscreverem a “Aliança” que não é uma associação, mas apenas uma plataforma de partilha de ideias, inteiramente gratuita, para todos quantos pensam que é importante a preservação da nossa linda e valiosa floresta autótone .