Valerá a pena repetir-me?

Não vale mesmo a pena , mas quero relembrar que num país onde lavra a corrupção , onde a diferença abismal entre os rendimentos e regalias pagos pelo Estado (ou seja , pelos contribuintes) a grande número dos seus empregados e a certas outras pessoas que (vai-se sabendo) não diferem assim tanto nem no currículo académico nem mesmo no da experiência profissional , a desmotivação para abraçar certas profissões bem como a de pagar impostos aumenta na mesma proporção?

Não vale a pena mesmo, pois andam todos ao mesmo e a revolta é mais inveja do que princípios….

A ignorância domina, só uma pequena minoria se preocupa de facto com o ambiente, o nível de exigência nas escolas vai diminuindo progressivamente, acompanhando aliás tendências que parecem ser europeias, ao mesmo tempo em que se carregam os professores de burocracias intermináveis e retirando-lhes a possibilidade de uma carreira.

Ninguém equaciona a possibilidade de sobreviver sem automóvel, nem as pessoas nem as Câmaras Municipais. .Neste pequeno concelho dito do interior , fora do período escolar quase não há carreiras para lado nenhum. Mesmo durante o período escolar, as aldeias dispersas estão isoladas, ou se tem carro ou se vai a pé à vila. Há propaganda, sim , que se vai resolver… até há um autocarro que se tem de reservar de véspera… isto é normal? Parece ser e entretanto querem que as pessoas se fixem no interior… mas, viver na cidade ou viver na vilória com ares de cidade atrai alguém? As pessoas vêem no campo a possibilidade de terem uma casinha independente com verde à volta…. mas nem isso deixam, pois há a lei de gestão de combustíveis ou seja a lei da desmatação, a lei que empurra os pacóvios sem dinheiro ou sem forças para essa “gestão” a venderem às papeleiras os seus terrenos de minifúndio, aquelas entretanto juntam tudo e transformam-nos em latifúndio e plantam eucaliptos: algumas são plantações de substituição, outras inteiramente novas plantações expandindo a área de eucalipto cada vez mais. Muitos nem precisam de vender, plantam eles mesmos….. Mas o município recebeu a bandeira verde….

Entretanto nem comento o que se tem ouvido na CNN sobre a invasão da Ucrânia. Hoje fiquei a saber que Goebbels era general… promovido pelo general Isidro Moraes Pereira, só pode.

Hoje apetece-me ouvir e partilhar isto

Uma versão muito especial. Uma lição de música. Ou seja , por favor , não usem o falsete quando não é preciso… sobretudo se não tiverem voz para falsete… não gosto nada da palavra falsete. Ney canta sempre neste registo, magistralmente. Esta voz de contratenor sem vibrato é inimitável e a mim soa-me muitíssimo bem.

Uma homenagem aos pescadores que deixaram mesas vazias e/ou lugares vazios neste Natal.

Lapinha 2022

Resolvi registar pormenores , a foto de ontem ficou horrível. O céu está a precisar de reforma, está a dobrar-se… será sinal do que está para vir? ….

Fica o registo, até porque nada sabemos quanto ao Natal de 2023. A idade vai pesando , mas não tanto assim,não me posso queixar muito. Sei que quando chegar (se chegar; espero que sim) aos 80 acharei que aos 68 (1) era uma jovem.

Aproveitem bem cada dia de festa pois cada dia , seja ele qual for, é um dia a mais que nos foi dado viver. Prefiro esta formulação à do “primeiro dia do resto das nossas vidas” que apenas se projeta no presente/futuro. Cada dia transporta passado mais do que futuro, a menos que achemos que o passado é para enterrar. Não penso assim. No entanto, não faço o culto dos mortos, eles revisitam-nos sobretudo nestes dias de festa, mas os mortos não contam os anos nem os dias nem as horas, estão em outra dimensão sem tempo ou onde ele é tudo menos linear, acredito. Não me interessa nadinha que haja quem pense que sou doidinha por acreditar nestas coisas…. Quanto aos vivos-mortos… é mais complicado de gerir emoções, não é mais doloroso, nem perto disso, mas é complicado pois não sabemos bem se os havemos de enterrar ou não, estão num estatuto reversível neste mundo e não vislumbramos maneira de os ressuscitar…. sem perder a dignidade…. Será soberba? De certo, mas não sei dobrar-me muito, cada vez menos…. e até a coluna não me deixaria pois já acusa alguns problemas de idade…..Resumindo, não sei o que hei-de fazer com essas memórias do tempo em que interagíamos bem ou menos bem, conforme os dias :-). Fazem ainda parte de nós, mas que mais havemos de pensar? Que mais hei-de pensar?

Agora falando de coisas terra a terra, literalmente. Trabalhar com musgo é uma lição de ecologia. Este ano há muito musgo na floresta, viçoso, fervilhando de vida. Trabalhar sem luvas, sentindo o húmus, os insetos, os aracnídeos , os invertebrados… Depois convém lavar as mãos pois são muitos mais os seres que não vemos (sem microscópio) nem sentimos, mas sabemos que lá estão. A biodiversidade que só é possível numa floresta completa , no ecossistema florestal deixado em paz… Já agora, a árvore de Natal foi como sempre, resultante de corte necessário, pois temos de fazer a gestão desse ecossistema que se integra num tecido rural/urbano.

(1) Sei que falta uma semana para os completar … 🙂

Feliz Natal!

À medida que vou envelhecendo, chegando a dezembro , digo “este ano talvez já não faça a lapinha”, mas acabo por fazer…

A foto nunca fica bem pois as luzes são daquelas intermitentes e o flash disparou também…

Está um pouco ofendido, pois o dono teve de o mandar para fora do escritório, onde (o dono) tentava ordenar e arrumar documentos…. sabemos como tal atividade é difícil de concretizar com um gato jovem por perto 🙂

Ou foi engenharia de som ou a Marselhesa não foi assobiada

Espero que tenha sido a última hipótese. O jogo França- Marrocos, felizmente , tinha um árbitro mais ou menos equilibrado. Embora…. o VAR não tenha funcionado uma vez mais. Aquilo foi penalty ou não?

É triste que não se separem as águas claramente. Houve no final um jogador francês a consolar um jogador de Marrocos. Gostei e felizmente no estádio não houve nada de violência que eu saiba. Uma coisa é a História , a Política , a Religião, outra totalmente diferente é o desporto. A lamentar uma morte nas ruas de Paris. Por amor da Santa!!!!!!!!!!!!!!

Agora, vou continuar a torcer pela França. Não gosto do jogo falso da Argentina. Aquele Messi que ao mínimo toque se atira para o chão irrita-me solenemente. Não vi a meia final com a Croácia.

Estou ansiosa para que acabe o mundial que vai fechar em plena época natalícia. Espero que a moda não pegue.

O que eu faria se,

Fosse treinadora da França. Se , ao soarem as notas do hino francês, o público assobiasse enm massa, chamava todos os jogadores para o banco. Deixava saber que isso iria acontecer, claro está, para se tomassem as devidas medidas. Não há ninguém que defenda o futebol como desporto? Não sabem o que estou a referir? Informem-se sobre o que tem acontecido nas ruas de Paris a partir dos quartos de final. Vimos e ouvimos como os assobios dominaram todo o jogo de Portugal com Marrocos sempre que a seleção portuguesa tinha a bola. Eu só vi a primeira parte. Nós (quer dizer….os nossos jogadores de bancada) fazemos o mesmo nos jogos domésticos, é tão mesquinho , tão deselegante, é próprio de gente sem princípios, sem chá e sem o mínimo gosto pelo desporto. Metem-me nojo. Nunca vejo os jogos domésticos.

Voltando ao jogo França – Marrocos ou vice-versa. Deixá-los a jogar sozinhos, deixá-los ganhar por ausência do adversário. Era uma bofetada com luva. Obviamente , seria necessário sair em segurança. Será por isso ou apenas pelos cifrões que se vai jogar um jogo de alto risco? O Katar devia ter ido catar-se, mas a corrupção está por todo o lado . Aquelas grandes penalidades roubadas, não vos fazem pensar? É que eu ainda vi metade do jogo e vi a repetição , era claramente penalty, mas não foi…. Ainda bem que já estamos fora deste loucura perigosa. Dois jornalistas mortos? Não há investigação rigorosa?

Momento certo para fazer compras

Deixo adivinhar qual é. Precisamente o que vou fazer hoje à hora certa.. Compras e cabeleireiro, pois não sei cortar cabelo e gosto dele curto.

Não quero ver uma cruzada em campo.

Teoria musical: o iceberg

Se não fosse tão complicado, até dava para perceber a razão pela qual, ou as razões pelas quais não gosto de certo tipo de música, seja ela erudita ou não. Dirão que parei no tempo… acredito //////———————————————————————————————————————————————————-

Nota: um dos gatos (F.) colaborou neste texto, ele também não gosta de certa música.