A festa dos diplomas e pró-diplomas… e dos “tachos” e “pró-tachos” no ensino politécnico

26 09 2010

Há escolas que fizeram a cerimónia oficial de entrega de diplomas e prémios: afinal sempre há verba, pelo menos para algumas ou será que todas fizeram, mas com menos valor nos cheques e distribuição de computadores apenas para esgotar o stock? Ou foi com o orçamento privativo que essas algumas escolinhas fizeram a festinha do Estado Novo Socrático?
Note-se que não tenho nada contra a entrega de diplomas com alguma solenidade. Mas só faz sentido, a meu ver, se o estudante concluiu o ciclo mais avançado do ensino secundário. É a primeira graduação. Mas passar do 9º para o 10º, só mesmo com notas muito boas é que pode ser considerado especialmente meritório: louvável é sempre, já que há quem nem isso faça, mas a atribuição de prémios é outra coisa diferente- o diploma é a certificação do 3º ciclo, obtém-se estudando e não faltando às aulas e vai-se pedir na secretaria, não é preciso chamadas ao palco, acho eu. É que é obrigação mínima do cidadão (ou futuro cidadão) concluir a escolaridade obrigatória dentro do tempo normal, mas cada vez mais se encara a “escolaridade obrigatória” como uma “obrigação” do Estado em fornecê-la obrigatoria- , embora “tendencialmente”,  a custo zero para o cidadão. Já o secundário completo não era obrigação, agora vai passar a ser.
Todos os diplomas do secundário estão a dar acesso directo à Universidade, de forma completamente descabeçada, considerando igual o que está longe de o ser. As novas oportunidades produzem candidatos muito fracos que entram nas universidades mal preparados e alguns, imagino eu , já contaminados pela ilusão das facilidades. Mais dinheiros públicos gastos (as propinas são simbólicas embora custem a pagar às famílias) com gente que fará turismo nos Institutos Politécnicos ou mesmo Universidade onde entraram apenas por terem passado num único exame numa única disciplina. Nos cursos profissionais passa-se o mesmo, ninguém faz nenhum exame para validação externa nas disciplinas de tronco comum, fazem apenas um exame de uma disciplina específica, normalmente pouco complicado, como é Economia, por exemplo, que tem vindo a descer de nível de exigência de forma acabrunhante para quem ensina e para quem estuda e leva a sério a disciplina durante os respectivos dois anos de estudo. Os alunos dos cursos regulares secundários têm que fazer exames nas disciplinas fundamentais do curso e do tronco comum; a média é feita com a nota interna e a nota de exame. As médias destes três tipos de alunos não são, portanto, comparáveis.
As universidades queixam-se de não terem verbas suficientes do governo. E os politécnicos? Quem certifica o nível de saída dos cursos aí ministrados que, embora nos tempos actuais com mais limitações do que há cerca de 10 anos em que a paródia era total, são ainda de qualidade e utilidade muito duvidosa? Quanto à gestão do ensino superior politécnico e universitário, causa-me estranhesa a profusão de cargos, como é anunciado no Jornal de Leiria de 9 de Setembro de  2010, página 12 :
“Paulo Fernandes e Ana Sacramento (na foto) tomaram posse, na semana passada, como pró-presidentes do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), na sequência da sua nomeação pelo presidente da instituição. Os dois docentes irão apoiar Nuno Mangas na realização de tarefas, projectos e actividades específicas. Os pró-presidentes juntam-se agora aos outros sete elementos que já integram a presidência, tornando a estrutura dirigente do IPL mais pesada.
Os estatutos do IPL, de Julho de 2008, prevêem a existência de vice e de pró-presidentes, mas não limitam o seu número.(…)”

Se tivermos a paciência de ler o resto da notícia, há umas explicações casuísticas por parte do presidente que diz que, neste caso,  não há acréscimo significativo de custos…este ano, pelos vistos, para o ano que vem não sabemos.  Não me parece que os estatutos condicionem a existência daqueles cargos ao não agravamento de custos. E a tutela tem cada vez menos intervenção a não ser a folclórica. O tribunal de contas não terá qualquer voto na matéria, é tudo legal… e a festa continua….Note-se que estamos a falar da super-estrutura do Politécnico, depois há os directores e subdirectores e o mais que é usual nas escolas que integram aquele Politécnico.

P.S.:  Não estando em causa os nomes das pessoas nomeadas para os pró-tachos, acrescento que a ESAD (Caldas da Rainha)  é aquela escola de onde o anterior presidente  (Luciano de Almeida) despediu uma docente, ao dar como nulo por vício de forma (em 2003) o seu concurso de provimento como professora adjunta , professora que, salvo erro, era a única doutorada do quadro da escola. O processo foi contestado em via jurídica, tendo essa docente  ganhado a causa   no tribunal de primeira instância;  o presidente recorreu  em tribunal  de segunda instância, tendo este dado razão ao recorrente.  A professora  esteve no quadro da escola durante oito anos. Por coincidência, o presidente vem executar a sentença do tribunal-a nulidade de um concurso de há oito anos-,  após ter tomado conhecimento  da hipótese de essa professora  vir a fazer parte de uma lista  para a direcção da escola,  lista não apaniguada pelas forças vivas desse anterior presidente. O nome da professora foi aqui omitido, dado que a mesma me não  encomendou “o sermão”. Mas sei que está desempregada desde Maio de 2009, embora esteja com bolsa de pós-doutorameno (em que se tinha empenhado ainda em funções), não tem vínculo com nenhuma instituição de ensino superior,  e isto, depois daquela mesma escola ter investido na sua formação graduada (doutoramento no estrangeiro) durante um ano.





“Menino, não és boa rés…”

25 09 2010


Letra





Boa reportagem de Câncio

25 09 2010

Diário de Notícias de Hoje:

«Ciganos e doutores

Os sentimentos destes ocidentais

por FERNANDA CÂNCIO

Uma estudante de Enfermagem e outro de Engenharia Física, um estagiário de advocacia e um educador falam de estereótipos, de integração e assimilação, de estigma e exclusão, de pertença e de recusa. E dessa linha que faz a diferença entre o eles e o nós, os ‘ocidentais’ de cá e de lá […]





Benedictus I ?

22 09 2010

Notícia mais importante do dia, com conferência de imprensa e tudo o mais. Bento Primeiro à frente da selecção. Paulus Benedictus mais especificamente. Habemos mister!

Actualização: Parece que não fui a única a ver a coincidência de nomes… não estou espantada. Mas é Bento I, fui ver, nenhum seleccionador anterior se chamou Bento, pelo menos na fase pós qualificação. Aproveitei a actualização para alterar “teinatore” para “mister” (num latim mais técnico).





Contrato individual de trabalho?

21 09 2010

Disto se fala desde há muito. Adiado para os professores por aproximação de eleições. Só uma nota: os administrativos das escolas já estão em contrato individual. Uns sem termo outros com termo. Possivelmente alguns já  directamente ligados às Câmaras municipais. O que corresponde a regalias diferentes nomeadamente no sistema de saúde, ADSE versus  sistema geral.
Já escrevi sobre isto várias vezes neste blog. Não vou dizer mais nada, apenas duas coisinhas. A primeira, uma nota pessoal : em bom tempo larguei esta profissão. Seria engolir um sapo muito grande assinar um contrato individual quando fui nomeada em Diário da República. Esperava dos sindicatos reacção forte, na frente jurídica e na da luta no terreno. Por exemplo ir preparando apoio à recusa da assinatura por parte dos professores do Quadro de Nomeação Definitiva.

A segunda, uma consideração de ordem juridico-política: os ” servidores” do Estado que vão continuar a ser nomeados e não contratados são aqueles que são considerados como servidores, representando o próprio Estado. Forças Armadas, Polícia, Juízes. Inerente a estas funções de “autoridade” está a proibição da greve e mesmo das manifestações de farda. Será isso que explica a tibieza dos sindicatos face a esta questão? Não acho , já que são os próprios  sindicatos que não acreditam na bondade de greves , sabem que os profs não alinham, há a opinião pública, há os testes que têm que ser feitos, há a avaliação de professores, há os cursos profissionais e a reposição de aulas… tudo a contribuir para que nenhum sindicato se tenha alguma vez atrevido a convocar greves continuadas, como fazem (faziam) os mineiros, camionistas, controladores aéreos e outros assim.

E pronto chega por hoje. Só mais um desabafo : a rentrée parece que se me impõe, é uma sensação estranha, o primeiro ano em que não  tive que  me apresentar ou melhor, o primeiro ano em que  não posso, mesmo se quisesse, apresentar-me ao serviço no dia 1 de Setembro…que não é o caso felizmente, pelo menos acho que não queria nada estar na escola com tudo o que por aí vem. As chamadas metas educativas estatísticas são exactamente tudo o que Lurdes Rodrigues, Valter Lemos & Cª queriam e que levaram os 100 mil à rua. Agora é só sorrisos e tudo a engolir sapos,  na alçada paternalista e infantilizadora de Isabel Alçada.





A questão cigana?

20 09 2010

Sarkozy diz que no total dos desalojados dos campos ilegais, a maioria é composta de cidadãos franceses. Calculo que sejam ciganos com nacionalidade francesa, com documento de identificação francesa. Franceses, portanto… Para onde terá ele deportado esses fanceses “campistas” ilegais? Acredito que os deportou para França. Como  sabe o presidente quem é romeno e quem é búlgaro? Será que os ciganos estão tão assimilados que até têm passaportes e bilhetes de identidade? Incrível ! Haqui há 30 anos quando alguém perguntava a nacionalidade a um cigano  ele respondia: sou cigano.  Trata-se de um povo que não reivindica território, ocupa-o temporariamente, esperando que o dia em a polícia os venha expulsar não aconteça. Ficam eternamente reconhecidos a quem os receber nas suas herdades e alguns deixam-nos acampar , nem dão por eles, dada a imensidão das propriedades. Outros não têm assim tantos hectares, mas acolhem os campistas e suportam pacificamente a porcaria que deixam à sua volta, ou por onde passam. Outros colocam placas na floresta proibindo acampamentos. Muitos cidadãos portugueses toleram-nos, outros aceitam-nos mal. Ambos têm algum medo deles. Por que não se fala claramente de todos estes problemas? Não haveria maneira de  fazer respeitar as regras de higiene pública a toda a população presente, com ou sem residência legal, sem ser deportá-los para países de onde vêm? Pelos vistos , os ciganos deportados têm papéis que os identificam como cidadãos europeus. E se os não tivessem , os papéis? Iria Sarkozy devolvê-los à Índia (ver artigo da BBC sobre a história dos ciganos) ?

Em Portugal, a verdade é que muitos municípios os toleram sem mesmo controlar as suas actividades “profissionais”, sem se preocuparem se mandam os filhos à escola ou não, se andam a espalhar o lixo que retiram dos caixotes transformando ruas e terrenos de  construção não vedados em autênticas lixeiras. Muitos portugueses não ciganos corrigiriam violentamente outro português não cigano se o vissem a fazer o mesmo. Mas se o mesmo for feito por elementos de etnia cigana já não há tanta coragem. Todo este estado de coisas não é abertamente discutido em lado nenhum, nas instituições públicas e políticas com responsabilidade na área da imigração e da integração. Nas escolas, há muitas actividades escolares chamadas de “integração” , exposições sobre a cultura cigana, paternalismo q.b. incluído. Tudo o que é menos positivo é omitido como se não existisse: roubos dentro e à saída da escola, pais que vão à escola bater nos professores(as), nada disso existe no universo do politicamente correcto. Dirão que os actos de violência também são cometidos por “nativos” de etnia lusitana ou por outras etnias. Pois com certeza, é verdade, mas as realidades estatísticas existem.

O debate na comissão está resolvido segundo Barroso. Ponto final, não se  fala mais nisso, Merkel assegura que o seu país vai continuar a  abrigar os “campistas” não legais. Por outro lado já se fala em Sevilha como “terra prometida” dos ciganos. A coexistência pacífica da etnia cigana com a maioria não cigana na Andaluzia será uma experiência a estudar atentamente, mas falar em terra prometida é simplesmente de mau gosto dadas as conotações com o médio oriente. E é uma ideia muito a despropósito: o grupo étnico cigano nunca reivindicou território, é andarilho, somos nós que os queremos quietos, numa casa ou apartamento, ideia que muitos deles já aceitaram e até de bom grado, sem necessariamente abandonar as tradições. Alguns até aceitam as leis do país e , por exemplo, esperam pela idade legal da mulher poder casar… é só um exemplo.

A ideia geral que defendo é muito simples: fazer com que todos cumpram a lei. Todos os nativos de longa data, todos os nacionais de mais ou menos longa data, todos os imigrantes, todos os residentes, com ou sem residência fixa. Não devemos ser compassivos com a transgressão, seja ela explicada pelas tradições de uma outra cultura ou não. Nada justifica a violência,  o tráfego de droga, a pedofilia presente nos casamentos precoces (e que talvez tenha sido sempre  tolerada por se aplicar apenas às mulheres…).

Uma perguntinha final: se os campistas ilegais fossem  árabes, será que Sarkozy lhes desmantelava as tendas  e deportava os seus ocupantes islâmicos para os países de origem?

P.S.: Se alguém se lembrou dos papuas, na versão Lagaffe, não foi o único, também me ocorreu… 🙂





Gubaidulina: Glorious Percussion

17 09 2010

Aqui está uma peça de música contemporânea que consigo apreciar, o que  é raro, como já expliquei em posts antigos.
Wikipedia sobre Sofia Gubaidulina





Esclarecimento

17 09 2010

O post relativo ao ensino público/privado não corresponde a nada de novo na minha opinião e nada tem  a ver com estar aposentada. Defendi,em 1996, na FEUC,  tese de mestrado sobre o financiamento dos sistemas de saúde, tendo colocado a experiência dos Países Baixos como ponto de referência. Um artigo que resume a ideia foi publicado na revista da Associação Portuguesa de Economia da Saúde. Não se encontra on line, infelizmente, apenas a apresentação do livro da APES  intitulado A Reforma dos Sistemas de Saúde onde está um índice  dos artigos apresentados no encontro de 1994. Orientada por Boaventura Sousa Santos, não defendi as suas teses, embora partisse do seu enquadramento relativo à “privatização do social”; defendi posições mais próximas de Correia de Campos. E o Professor B. Sousa Santos nunca me criou problemas por ter publicado esse artigo defendendo  ideias diferentes das do mestre. Honra lhe seja feita.

Isto para assinalar que há muito que não suporto o pensamento ideologicamente castrado de muitos quarentões NSMIPs ( not so much important people) da nossa praça na discussão cega de defesa blindada de um ou de outro sector no provimento de bens públicos ou sociais. Note-se que distingo bem a questão do financiamento da questão do provimento. A tese propriamente dita não a encontrei na Biblioteca Nacional, onde deveria estar, já que tive que entregar vinte exemplares. Qualquer dia vou lá oferecer-lhes uma. Mas a verdade é que tenho mais que fazer e a tese encontra-se desactualizada mais de uma década.





O país dos Ziguezagues

17 09 2010

 

Roubado aqui

SCUTS a pagar, nunca na vida! …Afinal, pensando bem, as SCUTs têm que ser pagas.
TGV, claro que sim, o governo já vai abrir concurso!… Afinal, pensando melhor, o concurso teve que ser anulado, talvez para o ano. Terceira ponte ? Claro que sim!… Mas afinal não, talvez qualquer dia…

Escolas fecham setecentas e picos… afinal, algumas sim, outras não. Abrem umas sem profs, fecham outras com profs, abrem umas com profs mas fecham sem alunos. Mas fecham muitas e vão “abrir” “novas” em 5 de Outubro. Essas novas são as que têm funcionado sempre, mesmo com obras , nunca fecharam, sempre existiram, os alunos e professores passaram a ter aulas em contentores… E os concursos para essas obras, como foram? De acordo com as leis da concorrência da chata da UE que só é boa quando manda milhões a troco de nada?

Só uma nota para aqueles que acham que, na UE,  a Europa do Norte explorou a Europa do Sul. Explorou? Ou ajudou a trazê-los para o século XXI? Quais foram as contrapartidas para os países contribuintes líquidos dos milhões que aqui deixaram? Não brinquem, é um país pequeno demais, não se pode falar de contrapartidas líquidas positivas. Tenham noção das proporções!

Talvez agora, com as taxas de juro interessantíssimas das dívidas públicas dos PIGS se possa falar de contrapartidas. Mas mesmo assim, alguém foi a correr comprar títulos da dívida desses país? Do nosso, para começar? Eu não fui nem a correr nem devagar…





Equilíbrio Estado/privado na educação e na saúde

16 09 2010

De há muitos anos a esta parte que tenho defendido a coexistência de um sector público e um sector privado tanto na saúde como na educação. Votei pelo “equilíbrio” no blog de Guinote.
Não acho que empresa privada seja obrigatoriamente empresa criada para dar lucro, assim como não acho que o sector público se possa dar ao luxo de providenciar serviços caros e de má qualidade quando o sector privado possa fornecer a preço menor e com a mesma ou melhor qualidade. A questão do financiamento é uma questão fundamental em toda a discussão, tanto na saúde , como na educação. Mas ninguém parece muito documentado sobre o assunto.
Quais e quantos são os colégios/unidades de saúde subvencionados? Em que percentagem recebem subsídio? Qual a qualidade fornecida, medida por escalas comparativas internacionais? Qual o regime de vínculo do pessoal respectivo? Contrato sem termo, contrato a termo, recibos verdes? Quem são os profissionais? Estão a trabalhar em ambos os sistemas, como se vê acontecer na saúde? Foram treinados/formados em que sector? Tem o sector privado capacidade de formar os seus quadros, investir no seu quadro de pessoal se é que o tem?
Acho que no nosso país há diversas obsessões pelo Estado que é entidade, que embora bem real, já que tem o poder de IMPOR soluções e políticas, é também mítica: o MONSTRO. Essa entidade existe precisamente por ser a única que aceitamos todos financiar , embora sempre contrariados. A entidade em questão é inteiramente financiada pelos impostos de TODOS os trabalhadores por conta de outrem e empresas que apresentem lucros, ou pelas contribuições para a saúde e para a segurança social de TODOS os trabalhadores por conta de outrem e das empresas que têm essas contribuições em dia. O Estado tem a prerrogativa de poder funcionar mal, prestar serviços de qualidade duvidosa ,para não dizer má, e continuar a operar. Tal não acontece num sector privado independente de subsídios: a coisa corre bem ou mais dia menos dia terão de fechar.
A propósito de obsessões: quantos profs acérrimos defensores da escola pública não gostariam de ter um colégio, gerido de uma outra maneira, seleccionando alunos ( e expulsando quando necessário) e criando o seu próprio currículo embora assegurando o paralelismo pedagógico (importante na certificação de diplomas). Quantos não gostariam de trabalhar num colégio assim, mesmo que não fossem sócios no capital? Quantos não trabalhariam de bom grado e se a saúde permitisse, até aos 70 numa escola assim? Seleccionando os alunos de acordo com o percurso escolar. Fazendo o screening das reais capacidades económicas de cada um e isentando de pagamento aqueles que não tivessem essa capacidade mas mostrassem esforço e capacidade de lutar pelo sucesso efectivo e não estatístico? Há alguma cooperativa de ensino semelhante que se tenha formado algures? Que tenha sobrevivido? Seria fundamental saber.

P.S.: Quem assegura que não há escolas públicas já a fazer a selecção embora de forma disfarsada? Quem não acredita em bruxas acaba sempre por concordar que elas existem…