“Aposentação” /”aposentadoria”

31 05 2012

Fui procurar a origem da palavra aposentação mas só encontrei a brasileira “aposentadoria” , por sinal num blog do sindicato nacional dos aposentados chamado “ Em dia com a aposentadoria”.

A palavra tem a  ver com a fuga da família real para o Brasil  na altura das invasões napoleónicas, e com o problema encontrar alojamento para tanto familiar real e nobreza complementar. Cito a parte mais interessante:

“A solução foi simples. As famílias residentes no Brasil que morassem em melhores habitações eram obrigadas a desocupar a casa ou seus aposentos, permitindo que os recém chegados fizessem uso incluisve dos móveis, pratarias, roupas de cama e criados. Assim as propriedades melhorzinhas ganhavam á porta as iniciais P. R., que significavam Príncipe Real(ou seria “Ponha-se na Rua”?). Ali os recém chegados ficavam “aposentados”, aí está portanto a origem da palavra aposentadoria.”

Espero que a palavra aposentação não tenha essa origem, se tiver, devo esclarecer que os aposentos onde estou paguei-os com o meu trabalhinho e os meus descontos…

Em todo o caso, m Vale de Corvos passo mais tempo nos trabalhos no campo do que nos aposentos…





Dueto de sitar e sarangi

30 05 2012


Raga Bilaskhani Todi





House : episódio final confuso

29 05 2012

Pois é, agora à segunda feira já não há House. O último episódio pareceu-me confuso. Quando é que ele trocou os registos dentários? … Planeou tudo? Então para quê tanta conversa com os alter egos , mortos e vivos?… Ou são os meus neurónios a escassear ou estava ensonada, mas não percebi. Vão repetir lá para o fim da semana, lá terei que rever.
Uma boa série, embora de formatação algo repetitiva. De registar a mortalidade francamente elevada entre os jovens médicos daquele hospital sobretudo nas sucessivas equipas do doutor House…





In memoriam : Amélia Pais

28 05 2012

Região de Leiria:

«Faleceu Amélia Pais, a professora que ensinou Leiria a amar Camões

Publicado em 26 Maio 2012.

Faleceu esta madrugada a professora de português e escritora, Amélia Pais. Amélia Pinto Pais, nasceu em 1943, vivia em Leiria e estava hospitalizada.

Amélia Pais fez parte do trajeto formativo de muitos leirienses, enquanto professora no Liceu de Leiria, depois Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo. Licenciada em Filologia Românica, pela Universidade de Coimbra, estava atualmente aposentada da sua profissão de sempre, professora no ensino secundário.

Contudo, a sua vocação pedagógica arrisca permanecer, atendendo ao facto de ter sido a autora dos manuais escolares Ler por Gosto (Antologias para os 10.º, 11.º e 12.º anos e respectivo livro auxiliar), Ser em Português (0.º, 11.º e 12.º anos) e Saber Português

A língua portuguesa mereceu-lhe sempre muito do seu esforço e dedicação, tendo sido a autora de diversas obras de caráter ensaístico sobre Camões, Fernando Pessoa, Gil Vicente, Padre António Vieira. Foi igualmente a autora de uma História da Literatura em Portugal.
[…]»

Não conheci pessoalmente esta colega , mas sei que Leiria ficou mais pobre  com mais esta voz que se calou. Ficará na História da Literatura em Portugal. E no coração dos familiares e  amigos que a amaram genuinamente.





Gayatri Mantra

28 05 2012

General Translation (retirada do descritivo do vídeo)

“We meditate upon the spiritual effulgence of that adorable supreme divine reality
Who is the source of the physical, the astral and the heavenly spheres of existence.
May that supreme divine being enlighten our intellect, so that we may realise the supreme truth”





Giro: Ryder Hesjedal

27 05 2012

Classificação da etapa 21 ( contra-relógio):

1 PINOTTI Marco ITA BMC 33:06 0:00
2 THOMAS Geraint GBR SKY 33:45 0:39
3 SERGENT Jesse NZL RNT 33:59 0:53
4 RASMUSSEN Alex DEN GRM 34:06 1:00
5 DE GENDT Thomas BEL VCD 34:07 1:01
6 HESJEDAL Ryder CAN GRM 34:15 1:09
7 LARSSON Gustav Erik SWE VCD 34:20 1:14
8 BODNAR Maciej POL LIQ 34:21 1:15
9 TUFT Svein CAN OGE 34:28 1:22
10 VERMOTE Julien BEL OPQ 34:29 1:23

15 OLIVEIRA Nelson POR RNT 34:36 1:30

Classificação geral:

1 HESJEDAL Ryder CAN GRM 91:39:02 0:00
2 RODRIGUEZ OLIVER Joaquin ESP KAT 91:39:18 0:16
3 DE GENDT Thomas BEL VCD 91:40:41 1:39
4 SCARPONI Michele ITA LAM 91:41:07 2:05
5 BASSO Ivan ITA LIQ 91:42:46 3:44
6 CUNEGO Damiano ITA LAM 91:43:42 4:40
7 URAN URAN Rigoberto COL SKY 91:44:59 5:57
8 POZZOVIVO Domenico ITA COG 91:45:30 6:28
9 HENAO MONTOYA Sergio Luis COL SKY 91:46:52 7:50
10 NIEVE ITURALDE Mikel ESP EUS 91:47:10 8:08

Nelson Oliveira acabou em 64. Há muitos mais atrás dele e alguns com nomes sonantes.
As nossas outras estelas estarão a preparar o Tour? Seria interessante vê-los lá.

Curiosidade : …Pozzovivo conseguiu ficar no top 10. Este ciclista é o tal que tinha  a minha altura ( no ano passado, agora está mais alto 🙂 ) e o meu peso :-)… Pena eu ainda fumar … deve ser por isso que levo a bicicleta a pé quando a subida é muito acentuada… 😦





Giro: T. De Gendt, o factor imponderável?

26 05 2012

Resultados da etapa:

1 DE GENDT Thomas BEL VCD 6:54:41 0:00
2 CUNEGO Damiano ITA LAM 6:55:37 0:56
3 NIEVE ITURALDE Mikel ESP EUS 6:57:31 2:50
4 RODRIGUEZ OLIVER Joaquin ESP KAT 6:58:03 3:22
5 SCARPONI Michele ITA LAM 6:58:15 3:34
6 HESJEDAL Ryder CAN GRM 6:58:17 3:36
7 GADRET John FRA ALM 6:59:10 4:29
8 URAN URAN Rigoberto COL SKY 6:59:34 4:53
9 HENAO MONTOYA Sergio Luis COL SKY 6:59:36 4:55
10 BASSO Ivan ITA LIQ 6:59:36 4:55

Classificação geral

1 RODRIGUEZ OLIVER Joaquin ESP KAT 91:04:16 0:00
2 HESJEDAL Ryder CAN GRM 91:04:47 0:31
3 SCARPONI Michele ITA LAM 91:06:07 1:51
4 DE GENDT Thomas BEL VCD 91:06:34 2:18
5 BASSO Ivan ITA LIQ 91:07:34 3:18
6 CUNEGO Damiano ITA LAM 91:07:59 3:43
7 URAN URAN Rigoberto COL SKY 91:09:08 4:52
8 POZZOVIVO Domenico ITA COG 91:10:03 5:47
9 NIEVE ITURALDE Mikel ESP EUS 91:10:12 5:56
10 GADRET John FRA ALM 91:10:59 6:43

De onde se conclui que o contra-relógio de amanhã, será tudo menos entediante, vai ser mesmo bastante interessante.





Giro 2012: 20ª… completamente louca

26 05 2012

Esta é mesmo a ver se alguém morre. Depois do dia de ontem, em que subiram uma montanha que nunca mais acabava, hoje vão  “escalar” (acho esta palavra mais adequada)  uma serra que atinge cerca 2400 m de altitute num espaço de km muito limitado. Espero que os carros tenham garrafas de oxigénio.

Deus os proteja.





Giro 2012: 19ª…………… uuuuffffff!!!!!!

25 05 2012

Classificação da etapa:

1 KREUZIGER Roman CZE AST 6:18:03 0:00
2 HESJEDAL Ryder CAN GRM 6:18:22 0:19
3 RODRIGUEZ OLIVER Joaquin ESP KAT 6:18:35 0:32
4 SCARPONI Michele ITA LAM 6:18:38 0:35
5 POZZOVIVO Domenico ITA COG 6:18:46 0:43
6 BASSO Ivan ITA LIQ 6:18:58 0:55
7 URAN URAN Rigoberto COL SKY 6:19:00 0:57
8 NIEVE ITURALDE Mikel ESP EUS 6:19:21 1:18
9 PIRAZZI Stefano ITA COG 6:19:25 1:22
10 GADRET John FRA ALM 6:19:25 1:22

Classificação geral:

1 RODRIGUEZ OLIVER Joaquin ESP KAT 84:06:13 0:00
2 HESJEDAL Ryder CAN GRM 84:06:30 0:17
3 SCARPONI Michele ITA LAM 84:07:52 1:39
4 BASSO Ivan ITA LIQ 84:07:58 1:45
5 URAN URAN Rigoberto COL SKY 84:09:34 3:21
6 POZZOVIVO Domenico ITA COG 84:09:43 3:30
7 GADRET John FRA ALM 84:11:49 5:36
8 DE GENDT Thomas BEL VCD 84:11:53 5:40
9 HENAO MONTOYA Sergio Luis COL SKY 84:12:00 5:47
10 CUNEGO Damiano ITA LAM 84:12:22 6:09




Debate sobre uniformes….

23 05 2012

No blogue “Educação do Meu Umbigo” . Debate interessante que mostra bem a pluralidade de opiniões dos frequentadores do blogue. Infelizmente, as pessoas que , como eu , acham que o professor não está ao mesmo nível do aluno e que defendem a disciplina através de uma penalização mais dura (é isso mesmo que eu estou a dizer, a escolaridade obrigatória não significa caos obrigatório), fazem como eu , em vez de lutarem por ser eleitas para lugares onde têm o poder (por exemplo, o cargo de director(a), preferem low profile nas escolas, escrever em blogues ou aposentar-se…. como eu).

E o poder continua nas escolas nas mãos dos “eduqueses” que tudo fazem para agradar a um certo tipo de “pais”, ou seja , aqueles que acham que o “pincolho(a)” tem sempre razão, o professor é um malandro, não ensina, balda-se etc… A canalhada do eduquês é de dois tipos: os que dão aulas com piadética a maior parte do tempo e matéria dada, talvez 1/3 do que deviam e dão altas notas (são avaliados de excelentes ou muito bons, os alunos adddoooooram-nos)e aqueles que se baldam mesmo, também com a cumplicidade dos alunos. Os eduqueses fazem alianças tácitas entre si para aniquilar tanto quanto possível os profs que exigem (às vezes minando , através da manipulação de alunos, o trabalho desses colegas). Isto não é tão raro assim, acontece muito, infelizmente… já vi fazer quando estava no activo e mesmo aposentada, ainda me chegam assim uns fumos do que se passa no “campo”… A propósito de campo, tenho que ir ali arrancar mais umas ervinhas e colher uns legumes…

Quanto ao uniforme, lembro-me de que a professora mais respeitada por mim e pelas suas alunas em geral ( no 3º ciclo da altura, ou seja o período correspondente ao 7º, 8º e 9º actuais) era a de ciências. Vinha sempre de bata, mas assim faziam todas as de ciências naturais, química, física, mesmo matemática, e ainda vejo fazer, actualmente, colegas dessas áreas).

Se a respeitávamos por causa da bata? Não! Era a exigência, a coerência , a justiça das notas e a avaliação, de facto, contínua, com as “fascistas” “chamadas” muito frequentes e de surpresa, que nos obrigavam a estudar a matéria diariamente e ter atenção nas aulinhas…mas havia mais qualquer coisa de imponderável , a sua personalidade, não andava sempre com ar de fada malévola, para isso havia outras, muito airosas, sorridentes, “simpáticas” e sem bata, mas quando chegava a hora de aplicar penas irracionais impostas pelo regime (decorrentes, por exemplo, da impossibilidade de faltar às aulas da “mocidade portuguesa” não se importavam nada de humilhar, aluno(a) e pais).

Na Índia os alunos têm que comprar os uniformes, caso contrário, não vão à escola. Algumas escolas oferecem os uniformes, há instituições que auxiliam nesse sentido. Não é o uniforme que vai impedir os alunos e respectivos pais de saber a casta de quem está por baixo da bata, mas o que interessa é o princípio, face à instituição escolar são todos iguais, não há castas. E há uniformes muito giros na Índia…. No meu tempo as batas eram pouco imaginativas e brancas e assim deviam ficar, caso contrário havia problemas… Tinham o emblema com a turma e número. Estas coisas são típicas de um certo tipo de ensino, concordo. E não é por aí que as cabeças mudam, com bata ou sem bata, no meu tempo, nas aulas das profs que não se impunham o regabofe era grande, não é de agora. Mas tinhamos problemas, a coisa sabía-se e apanhávamos “raspanete”, por exemplo, lembro-me de uns vinte minutos de aula de discurso sobre o tema “ragabofe na aula de Inglês …ou Francês, já não sei” da tal prof de Ciências de que falei. Saímos envergonhadas (pois , era um liceu feminino). Nunca mais me esqueci desse discurso. Ela desafiou-nos e disse: “façam isso comigo que assim vejo a vossa coragem”, chamou-nos cobardes. E ficámos sem argumentos e mudámos comportamentos.

Havia uma coisa, irracional (?) e “fascista” :havia “pulso” na direcção , a então chamada “reitora”. Pessoa (para nós, de idade avançada) conservadora nos costumes, mas muito respeitada pelas alunas.

Chamem-me fascista se quiserem, mas posso dizer que os alunos na minha aula não vinham todos aprumadinhos e muito menos de burca. Entre aceitar um boné ou um cabelo à punk a diferença não é muita, e normalmente esses alunos nem me deram que fazer quanto a disciplina. Tinham aquela mensagem para dizer… deixei. Desde que não houvesse mais mensagens durante a aula. Vigilância? Muita, toda a vida, aprendi a escrever à egípcia ou seja, de lado, viráva-me subitamente a meio da fórmula ou qualquer outra coisa que estivesse a escrever no “fascista” e antiquado “quadro”. Depois fui aderindo aos acetatos, depois ao powerpoint. Um descanso, e eles adoram apontamentos. Floreados, actividades de grupo? Também fiz tudo isso, até aulas dei ao sol no recreio. Não muitas, claro, não dá para escrever direito nos cadernos em cima do joelho. Embore fosse diminuindo de ano para ano o meu grau de exigência sempre a mantive em nível razoável. Mas o eduquês foi tomando conta de tudo e de todos, os alunos chegavam ao décimo ano cada vez mais mal preparados, os objectivos tinham que se ir adaptando… adaptando …adaptando… até que… me aposentei.
Vantagem de já não haver batas no liceu de Lisboa* onde estudei e de onde me aposentei: não tive de entregar o uniforme, foi só esvaziar o cacifo.

PS*: Por coincidência irónica aí fui parar ao abrigo da mobilidade de titulares, ocupando uma vaga que me pareceu injusta, lugar que nem cheguei a “aquecer”. Estive apenas o primeiro período, nem o acabei,não foi possível. Foi a derradeira tentativa antes da decisão da aposentação. Infelizmente, a experiência estava a ficar cara demais (aluguei um apartamento em Lisboa) e uma turminha de profissional (a única do liceu e que por sinal já não existe) foi a gotinha de água, a saúde não me permitiu continuar, embora as outras duas turmas tivessem alunos muito interessados e trabalhadores, uma delas com alunos de nível muito bom, como há muito não tinha. Mas tive de ir embora, lamentando ter deixado esses “bons” alunos e os da tal turma, deveria talvez ter lutado também por eles, mas a saúde não deixou). Aposentei-me, como já disse várias vezes neste blogue, ao abrigo da lei da aposentação antecipada, com forte penalização, não fui pela via da incapacidade.