DN: “A grande revolução esquecida do 25 de Abril”

29 04 2016

«A grande revolução esquecida do 25 de Abril

As primeiras eleições em que as portuguesas adultas puderam votar sem restrição aconteceram a 25 de abril de 1975 |

No regime deposto em 1974, nada na lei distinguia já brancos de negros ou de qualquer outra etnia. Mas as mulheres tinham um estatuto de semipessoas .”O que é que sei do estatuto da mulher antes do 25 de Abril? O que me vem à cabeça é a mulher subalterna, sempre em casa. O marido é que aparece. Muito poucas mulheres com cursos superiores… E direito de voto não sei, mas tenho a ideia de que as mulheres só puderam votar depois de 1974.” Carolina Nogueira, 18 anos, está no primeiro ano de Direito na Universidade de Lisboa. Do que se lembra, no liceu não aprendeu grande coisa sobre este assunto. “Hei de ter dado alguma coisa, mas assim muito pela rama. Somos confrontados com aqueles clichés tipo não haver direito de voto, pouco mais.”E não seria pouco, se fosse só isso: as mulheres apenas tiveram direito de voto universal nas primeiras eleições pós-25 de Abril, em 1975. Ao contrário dos homens, que desde 1945 podiam votar mesmo se analfabetos, elas só tinham acesso às urnas com o equivalente ao curso de liceu (ou seja, o que é hoje a escolaridade mínima obrigatória) ou se fossem “chefes de família” (por viuvez ou marido ausente), desde que com “idoneidade moral” (a quem competiria certificar tal qualidade?). E mesmo “instruídas” perdiam o direito se casadas com um marido com capacidade eleitoral.[…]»





Mozart: Sinfonia nº 42

28 04 2016


Verifiquei no debate sobre esta sinfonia,num outro vídeo no youtube que é controversa esta obra. Desconhecia que há quem afirme que terá sido composta por computador, ou algo parecido, no século XX . Esta versão que aqui coloco está bem definida na interpretação: Academy of St Martin-in-the-Fields, maestro Sir Neville Marriner. Parece que nem todas as sinfonias que Mozart escreveu foram encontradas. Enfim,seja como for , é boa música e se não é Mozart, podia ser.





25 de Abril: 42 anos

25 04 2016

Fui assistir ao espetáculo organizado pela câmara : dois grupos corais diferentes: grupo coral de Góis e coro da Filarmónica de V.N. de Poiares, que no final se uniram para cantar uma canção que todos conhecem embora o público não fosse chamado a juntar-se ao coro. O público não era muito. De manhã houve homenagem aos Poiarenses mortos no Ultramar. Não estive lá mas acho bem que uma câmara socialista tenha esta iniciativa.

Para picar o ponto deixo uma canção alusiva à ocasião e ao tema escolhido para esta comemoração.

 





Rui Costa 3º na clássica Liège-Bastogne-Liège

25 04 2016

Correio da manhã:
24.04.2016 16:49
Rui Costa fecha pódio da Liège-Bastogne-Liège ganha por Poels
‘Clássica’ Liège-Bastogne-Liège foi ganha pelo holandês Wout Poels. Por Lusa

O ciclista português Rui Costa terminou este domingo no terceiro lugar a ‘clássica’ Liège-Bastogne-Liège, ganha pelo holandês Wout Poels, que deu à equipa britânica Sky o primeiro ‘monumento’, depois de um ‘sprint’ a quatro. Na 102.ª edição da última prova de um dia das Ardenas, Bélgica, com 248 quilómetros de extensão, a decisão da vitória ficou restrita a um grupo de quatro ciclistas que se isolaram na penúltima subida do dia, a três quilómetros da meta.

Ler mais

Sobre a dificuldade da prova só mesmo vendo na eurosport 1. Só para ter uma ideia, pois vê-se bem a neve a as condições na estrada, os mirones vestidos de inverno rigoroso. Não dá para sentir o frio durante seis horas , a neve, o esforço das subidas e descidas de uma prova de quase 250 km. Mas dá para imaginar. Eu sabia que este tipo de condiçõesfavoreceria o nosso resiliente Rui Faria da Costa. Tinha razão. É que, nesta clássica, a mais antiga de todas, estavam presentes quase todos os grandes entre os quais, Nibali, Valverde, Froome e muitos outros. É o primeiro pódio português de sempre nesta prova. Os quatro que chegaram primeiro foram o Holandês Poels, o Suíço Michael Albasini (Orica), o Português Rui Costa (Lampre Merida) e o Espanhol Samuel Sánchez (BMC). Poels venceu no sprint, cruzando a meta em primeiro, os outros dois chegaram com o mesmo tempo (em segundos).

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/rui_costa_fecha_podio_da_liege_bastogne_liege_ganha_por_poels_da_sky.html





Desertores, refratários e veteranos

21 04 2016

Público:
“Eu fui desertor. Digo-o com todo o gosto”

CATARINA GOMES 21/04/2016 – 08:52

Milhares de jovens desertaram durante a guerra colonial. Para que a deserção saia “debaixo do tapete”, vai ser lançado um livro, foi criada uma nova associação e um colóquio vai abordar, pela primeira vez, um tema que teima em andar em torno “do binómio coragem/cobardia”. “Ainda é preciso explicar.”

Vale a pena ler o artigo e até ir talvez ao colóquio que promete ser monocromático. Pena pois o que falta é ainda a CORAGEM de convidar veteranos da guerra colonial que também são mal vistos e mesmo insultados por uma parte bem sonora da sociedade: a nossa esquerda envelhecida e ressequida pelos marxismos que se lhes instalaram nas veias como droga para a vida inteira. Eu não sou já a pessoa, aliás, há muito que não sou a miúda que andou a gritar: “nem mais um só soldado para as colónias” (enquanto nas colónias os nossos concidadãos e concidadãs eram degoladas(os) em Angola e Moçambique, tendo sido maus ou bons patrões , só por serem brancos e confiarem nas forças militares portuguesas…)
Vejam a série “depois do adeus” ou revejam. Só faz bem. A mim está-me a fazer muito bem. Sobretudo as imagens de arquivo. Eu votei Otelo, não Ramalho Eanes. E acreditava naquelas patranhas da força popular, e democracia popular…. Pois foi. Já não sou aquela miúda, mas lembro-me de ser. E entre  os meus personagens preferidos na série está o “alferes” e não é só por ser um bonito homem e um ótimo ator (Miguel Borges).
Foi, passou , amadureci. Os desertores são heróis? Acho que não. Foram corajosos se de facto desertaram por não concordar com a guerra, corajosos por uma razão: nunca mais iriam poder voltar ao país e durante “salto” podiam ser apanhados. Mas heróis mesmo foram os militares de Abril: podia não ter resultado. E depois, se não resultasse, como teriam sido tratados pelo regime? Como teriam sido punidos? Nem toda a gente pensa nisto e as lágrimas de crocodilo da esquerda pelo Capitão Salgueiro Maia (que nunca saltou na carreira como muitos outros que se tornaram generais por golpe de magia) não me comovem , a admiração sabe a falso, é postiça, artificial. Os heróis da esquerda são os milicianos , os meninos bem que nunca foram à guerra… Sorry , mas mudei muito, ou talvez não , pois desde os meus doze anos que andava às voltas com uma questão: por que raio de razão as mulheres eram dispensadas do serviço militar? O meu feminismo vem de muito longe, é visceral e esse nunca mudou.
Quanto aos veteranos, alguém se interessa por fazer um estudo sobre os seus testemunhos? Alguém os considera heróis, quando muitos o foram mesmo?





Sounds of silence

15 04 2016




Mochos e corujas II

13 04 2016

Uma vez mais, devo dizer que estes animais deviam estar todos soltos na natureza, mas talvez haja, em certos casos, razões fortes para os ter em cativeiro…





Tsipras/Costa para bébés: “There were 10 in the bed” e lição linguística para Grécia, Portugal e Reino “Unido” até ver

12 04 2016

Antiausteridade Costa Tsipras ou vice versa para bébés:

Licão de linguística:

A nossa expressão equivalente vem no minuto 8:46.
Tudo quanto é língua esquisita é soletrado com referência a números, frações sobretudo, euros , muitos “t”, “h”, “square” “euro”… e “trade marks”, divertidíssimo. Sobretudo por parecer muito bem documentado , cheio de referências britânicas. Mas a pronúncia das diferentes línguas foi desprezada e as ditas línguas esquisitas simplesmente ignoradas na leitura da expressão, lendo-se apenas os símbolos do teclado….
No entanto, aqui fica a referência a esta universal expressão de sensatez ou seja bom senso!





Indrajit Banerjee: Sitar – Bhairavi Dhun

7 04 2016


Rag Bhairavi





Isto seria bom que fosse mentira

1 04 2016

Público:

«Combate ao terrorismo abre guerra entre inspectores da PJ e Governo
LUCIANO ALVAREZ 01/04/2016 – 16:29
Retirada de poderes à Polícia Judiciária leva inspectores a acusarem António Costa de um “miserável aproveitamento do medo” para reduzir o papel institucional da polícia de investigação.

O Governo retirou à Polícia Judiciária (PJ) os contactos e as trocas de informações com a Europol e a Interpol, passando estas autoridades internacionais a funcionarem sob a égide do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, comandado pela procuradora-geral adjunta Helena Fazenda.

A decisão foi tomada na reunião da passada segunda-feira do Conselho Superior de Segurança Interna, presidido pelo primeiro-ministro, António Costa, que debateu a estratégia de combate ao terrorismo e abriu uma guerra dura entre os inspectores da PJ e o Governo.

Segundo o Governo, esta medida visa “incrementar a cooperação policial e contribuir para uma melhor coerência da troca e partilha de informações com os parceiros internacionais”.

Já a Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ (ASFIC/PJ) vê nela “o culminar de uma guerra que nos últimos anos tem sido movida à PJ por um conjunto de interesses associados”. Fala mesmo numa “aversão à PJ” que “cresceu na proporção em que cresceram os processos por corrupção e criminalidade económica e financeira e outros bem conhecidos”. Acrescenta ainda tratar-se “de um miserável aproveitamento do medo” para “mais uma e decisiva investida do poder político na redução e no apoucamento do papel institucional da Polícia Judiciária”.

Carlos Garcia, presidente da ASFIC/PJ, questiona acima de tudo a criação de um Ponto de Contacto Único Nacional sob a égide do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, quando nos restantes países europeus ele é feito nas polícias. O inspector diz que, a partir de agora, “está aberta a porta a uma intromissão do poder político na investigação criminal”. (para continuar , usar o link)