Vigésimo amadorabd- festival de banda desenhada

31 10 2009

Do Analógico à Litografia Digital

Hoje.

Programa do festival





Dark side of the moon – Breathe , memórias e fantasmas (Derrida)

30 10 2009


Sem qualquer relação com a operação “face oculta”, nem com o Halloween, apenas por associação de ideias.

 Um retorno aos sons da minha juventude, depois de um dia especial , o dia em que, de  manhã cedo,  entreguei o papel do pedido de reforma.

O dia em que voltei, voltámos, à casa de nossos pais. Experiência  a três , três irmãos.  Passando os dedos pelas memórias, literalmente, pelos objectos que as condensaram. Que fazer com elas e com eles ? Os objectos : coisas com significado, colocadas com sentido, por quem os arrumou e dispôs, e que já não pode movê-los. Essas coisas estão ainda  muito quietas no espaço onde estiveram muitos anos, algumas delas  já  transportavam memórias quando foram para esse espaço e aí  absorveram novos significados . Mantendo por instantes o sentido que tiveram naquele espaço. Pois ainda as  não movemos, as coisas. O manuseamento dos objectos fez mover as memórias.  De dentro e de novo para dentro de nós,  onde já estavam de outra forma. Aí já estão a  iniciar novo processo ,  ganhando novos sentidos. As memórias primeiro , os objectos depois.

 
Seguem-se três clips com Derrida, ou com o fantasma dele, do filme de Ken McMullen- ‘Ghost Dance’ (1983):

Os clips têm a incorporação desactivada, por isso, aqui ficam os links.

clip 1- O valor dos objectos? 

clip 2- Derrida responde à questão “acredita em fantasmas?”

clip 3- Derrida , o luto, a experiência checa e o fantasma de Kafka





zen flute

30 10 2009




Katia Almajeva, dois anos depois

27 10 2009




Horowitz , Stern and Rostropovič play Tchaikovsky Piano Trio in A minor, Op.50 – part 1

27 10 2009




Beethoven , Emperor -Friedrich Gulda

26 10 2009


Já aqui coloquei esta peça com Gulda, mas agora está em HQ, em ecran largo se forem directamente ao you tube.
Não havendo hoje nem ânimo nem tempo para escrever, apenas escolhi algo que me anime, que vos anime também.





Ainda Beethoven, Kempff e o meu estado de espírito

24 10 2009




Jean-Claude Bonno, o mágico da voz e a minha inadaptação

24 10 2009

A não perder no blog Ferrao.org. Tentei deixar comentário mas o sistema não deixou.

Gostaria de ter estes dotes. Sobretudo agora que a escola pública se tornou um gigantesco ATL, como alguém disse e muito bem. Não entrava em angústia, nem em depressão, passava as aulas dos alunos que acham que a escola é só para ver os amigos e para a paródia, a fazer estas coisas imitando instrumentos e pessoas, os alunos gostavam, os pais não se importavam desde que lhes desse nota para passar  e era uma alegria. Mas não, não tenho estes dotes nem outros , não sei animar tempos livres, não fui treinada para aturar gente com parafusos a menos, tenho esta mania de que sou paga para ensinar e educar. Não sendo possível nem uma coisa nem outra e mesmo considerando que no meu caso,  só numa turma isso esteja a acontecer,  tenho que reconhecer o óbvio: o sistema não resolve, não cria condições para trabalhar e resolver estes casos. Por causa dessa turma de gente que está apostada em impedir os professores de darem matéria ( conseguiram fazê-lo o ano passado, transitaram todos, nem um conselho disciplinar) o meu trabalho com as outras turmas está a sofrer repercussões. Os sintomas da depressão estão a  voltar todos.  Não fui capaz neste fim de semana de corrigir um único teste dos alunos “normais”. Porque não estou bem de saúde. Chegou a hora de sair de palco.

Desculpem estes desanimadores desabafos, mas o blogue foi também criado para isso mesmo: desabafar em todos os sentidos. Denunciar também este tipo de situações. Espero que se deliciem com este Jean-Claude e não liguem ao que eu disse. Se conseguem sobreviver a este tipo de situações ainda bem. Eu não consigo, só isso, mais nada.





Beethoven – concerto V- Kempff Kempen, second mvmnt

23 10 2009

Fui ouvir Glenn Gould outra vez para saber por que razão Lobo Antunes (no Público -Ipsilon- de hoje) o chama “sinistro”. Concordo, há ali qualquer coisa menos boa,  difícil de definir.  Mas aparece muito no You tube , na interpretação deste concerto, o “Imperador”. Não gostei. Por isso seleccionei aqui Kempff, um dos grandes pianistas que sempre achei especial, mais que Richter. Este andamento adequa-se (enquanto antídoto)  ao meu estado de espírito de hoje. Ou, dito de forma mais simples, esta musica faz-me bem. Lamento se não gostarem do passado de Kempen, o maestro. Porque dirigiu peças musicais para a Wehrmacht?  As forças armadas não eram exactamente o mesmo que a Gestapo e as SS, note-se. Acho que podemos fruir desta obra sem pensarmos muito nesse aspecto. O mesmo penso de Karajan e outros que continuaram a fazer música apesar de tudo à sua volta estar louco, contaminando-os também, não duvido. Eles terão que responder perante Deus,. Deus em que acredito, volto a dizer, pois andam por aí uns zumbidos do nosso Nobel da literatura a respeito desta entidade que serão também um dia devidamente apreciados pelo Criador. Acredito no SEU sentido de humor , por isso, acho que já está divertido com os ditos de um senhor que , na minha opinião faria bem se escrevesse  mais do que sabe e menos do que não sabe, e falasse aos media o menos possível do que quer que seja. Apenas uma opinião. Claro que falará e escreverá o que bem lhe apetecer numa democracia e eu acho bem que assim seja. Amen.

Wikipedia

“The Piano Concerto No. 5 in E-flat major, Op. 73 by Ludwig van Beethoven, popularly known as the “Emperor Concerto”, was his last piano concerto. It was written between 1809 and 1811 in Vienna, and was dedicated to Archduke Rudolf, Beethoven’s patron and pupil. The first performance took place on November 28, 1811, at the Gewandhaus in Leipzig. It was Beethoven’s last public performance due to his increasing deafness. In 1812, Carl Czerny, his student, gave the Vienna debut of this work.

In October 2007, this concerto was voted as listeners’ #1 favourite in the ABC Classic FM Classic 100 Concerto poll.[1]

The epithet of “Emperor” for this concerto, used in English-speaking countries, was not Beethoven’s own, but was coined by Johann Baptist Cramer, the English publisher of the concerto.[2] Its duration is approximately forty minutes.





Finalmente uma professora do ensino não superior na pasta da educação

22 10 2009

É minha impressão ou é esta a primeira vez que tal acontece? Finalmente alguém que esteve a dar aulas no ensino não superior (e o assume em vez de esconder como fez Maria de Lurdes, como se fosse uma vergonha, ela lá saberá porquê) vai tomar conta da pasta da Educação?

Tenho que testemunhar algum optimismo embora não saiba em que grau Isabel Alçada defende o eduquês nem conheça quem são os secretários de Estado que, como sabemos, podem estragar tudo sozinhos, só precisam da ministra para dar a cara e assumir as responsabilidades todas se as coisas correm mal. A propósito, os senhores Secretários cessantes tiveram avaliação pelo SIADAP? Maria de Lurdes ou Sócrates avaliaram-nos ou estavam dispensados? Ou autoavaliaram-se e prontos? E agora? Que Politécnico vai dirigir o Lemos? O de Castelo Branco? Ou irá para algum conselho de administração de empresa que nada tenha a ver com obras em escolas, nem fornecedoras de computadores nem instaladoras de redes informáticas ? Eu queria saber. Calculo que Maria de Lurdes volte para o ISCTE e para as suas aulinhas aos alunos cada vez mais capazes, e respeitadores de quem sabe, cada vez mais sabedores e ávidos de saber, a julgar pelo aumento das médias nacionais nos últimos anos.

Quanto à nova ministra, para além de escritora de qualidade, segundo os entendidos, de conhecedora da realidade das escolas e de promotora entusiasta do importante Plano Nacional de Leitura (ver Público), não conheço bem o seu currículo mas acho que tem um olhar límpido e um sorriso franco, o que é de bom augúrio. Nenhuma das qualidades acima referidas e provas dadas no terreno do ensino não superior se encontravam no currículo da ministra cessante. E quanto à fisionomia, Maria de Lurdes não convenceu nem mesmo naqueles dias de desespero em que o barco se afundava e os homens da imagem a mandaram falar docemente, fazer “olhinhos” mansos e sorrir para as câmaras elogiando os professores.

Quero ser optimista (nem que seja por um dia) em relação a esta ministra.