Retirei para aquele cantinho da Beira “profunda” a 30km de Coimbra, chamemos-lhe Vale de Corvos , cada um na sua proporção, e até porque os predadores que lá se vêem (para além do dominante que deu cabo de todos os outros) são cobras, corvos e alguns gatos bravos que ninguém já vê, embora deles se lembre. A TMN continua a garantir a sensação de profundidade impossibilitando sinal para aceder à rede. A Lousã assegura que dois canais pelo menos se vêem bem com a antena aérea interior. E foi assim que assisti ao programa Vozes de Abril. Nostálgico, interessante, mas definitivamente, não, o violino, o violoncelo e os sininhos não pertencem àquelas canções, estão fora do sítio, enganaram-se no show, não dá. Enfim, na minha opinião (obsoleta por certo). Mas ou é ou não é canção de resistência.
Quanto ao dia propriamente dito, nada como cortar mato verdinho com uma gadanha. Terei que arranjar um dia destes uma motorizada (não, não é uma mota, mas uma gadanha corta-mato com motor, não sei mesmo o nome técnico) e lá se vai o ar puro e o silêncio, mas só quem experimentou sabe a dureza da tarefa à força de músculo, sobretudo com a ervinha verde.
E pronto, foi assim o meu dia de revolução. Muito retemperante, acreditem, durante a actividade rural a 30 graus C, concentrei-me apenas nas ervas daninhas que já iam altas para avaliar a minha habilidade no manejo da alfaia, procurando ter em conta apenas os resultados, ou seja os estragos que pode fazer uma gadanha bem afiada .
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