Beethoven Tempest Sonata Op.31

29 11 2009


Não é nada alusivo a tempestades políticas ou policiais. É apenas uma proposta para o internauta que procurou no motor de busca “música sobre evolução das espécies”. Acho esta adequada, depende das imagens que se lhe acrescentarem, mas é esta a ideia que tenho da evolução: é um processo nada pacífico de erros e mutações, umas bens sucessidas outras menos mas com um fio condutor… e acho que é assim a criação.

No fim de cada “dia” da criação Deus terá parado a contemplar a sua obra e tê-la-á avaliado, o que prova que se admite na bíblia certa autonomia da obra em relação ao seu criador e portanto, admitir-se-á também a hipótese do “erro” e da sua eventual correcção. Como não poderia deixar de ser, pois a última das criaturas à qual o criador terá dado o poder sobre todas as as outras espécies, tem as qualidades e defeitos que lhe conhecemos e naquele Livro sagrado, como é sabido, Deus terá em vários momentos ponderado a hipótese da destruição dessa parte da sua criação. Por isso e uma vez que não foi extinta ainda a humanidade, talvez esteja ainda em evolução, no “bom sentido” quero crer, mas receio muito que a liberdade dada à criatura possa conduzir a que ela própria crie as condições irreversíveis da sua auto-extinção….Também para isto a música escolhida é adequada.





Where have All The Flowers Gone?

29 11 2009



Pete Seeger (autor ou co-autor desta canção, segundo wikipedia)

Hoje completam-se quatro anos depois da morte de meu pai. Procurei Joan Baez cujas canções ele muito apreciava  (embora o Inglês não fosse o seu forte ). Uma das suas canções preferidas era a Balada de Sacco e Vanzetti mas havia outras de que ele gostava muito no único LP que tinhamos de Baez . Sei que não incluía “where have all the flowers gone”.  

Coloco hoje esta canção mais por mim do que por meu pai. Provavelmente ele não a ouviu na voz de Joan Baez, não sei. Escolhi a canção sobretudo por ter gostado da música e  pela universalidade e actualidade da letra.  Incluí também a versão de Marlene Dietrich que , confesso a ignorância, não conhecia. Prefiro esta versão , devo acrescentar.





Mantra curativo-Medicine Buddha Mantra (cantado por Khenpo Pema Chopel Rinpoche)

27 11 2009

No motor de busca há alguém à procura de um mantra poderoso para afastar demónio.
Este talvez sirva (acho que já o postei algures no tempo):
“Tibetan Buddhist Mantra – To eliminate not only pain of diseases but also help in overcoming the major inner sickness of attachment, hatred, jealousy, desire, greed and ignorance”





Poesia: novos talentos (na Textiverso)

27 11 2009

A palavra ao autor: “A verdade é que não deixei de escrever, embora não “redija” nada numa folha de papel há muito… Creio que a escrita pré-existe, de facto, à fala e, mais ainda, ao próprio pensamento. São textos inteiros que surgem na minha mente esperando ser lidos e fruídos, como o som da música e a luz do sol sobre os campos, que então se tornam verde-solar[…].





Wagner: Der fliegende Holländer Ouverture part 2

27 11 2009


New Philharmonia Orchestra, Otto Klemperer

Wikipedia

Der fliegende Holländer (The Flying Dutchman) is an opera, with music and libretto by Richard Wagner. The story comes from the legend of the Flying Dutchman, about a ship captain condemned to sail until Judgment Day. […]

Consta que  o navio fantasma continua a ser avistado, de vez em quando, por navegantes actuais, mas há mais lendas de  fantasmas marítimos para além  do Holandês Errante, pode não ser  o mesmo.

Esta obra de Wagner constitui um marco importante na sua arte característica,  com a introdução dos leitmotiven ( e não leitmotifs como está na wikipedia mas nós dizemos “leitmotives” ).

Agora a metáfora (embora um pouco a martelo, admito, já que não há mestre compositor em democracia):  uma blogosfera e atmosfera wagnerianas não seriam bem melhores do que esta  cacofonia dita democrática? Note-se que Wagner já incluiu nas suas obras muitas dissonâncias. A dissonância aparece e resolve-se como se fosse aquilo que é, ou seja, natural.

Na tetralogia Anel dos Nibelungos , por exemplo, Siegfried tem o mesmo leitmotiv em todas as quatro óperas. Sabemos pela sua melodia específica que está em cena ou vai entrar.

Nesta saga da luta dos profs gostaria que fosse assim também. Mas admito que estou a ficar velha mesmo. Não me adapto à dodecafonia e muito menos à música concreta, ao ruído puro.





ProfBlog: “Os dez pecados mortais do eduquês”

27 11 2009

Post a não perder e sobre o qual reflectir.

Contributo meu (não é nada de novo, é o meu leitmotiv as reflexões do costume):

Nada parece ir mudar com esta ministra. Falou aos jornalistas ontem a propósito da avaliação de professores dizendo que essa avaliação deve premiar a “exigência” e relacionou-a com ” esforço e qualidade”. Não definiu exigência, talvez não tenha que definir nunca, ninguém vai perguntar. E se perguntarem falará de metas…

 Metas sem aferição externa não são cumpridas em muitas escolas (sobretudo as candidatas a guettos se não o são já, o ministério até tem uma lista delas e contrata para elas professores “especiais”….) . O eduquês irá continuar, ainda mais com a escolaridade obrigatória até ao 12º ano que constitui ideia brilhante para diminuir as estatísticas do desemprego e para mostrar obra (de “qualificação dos portugueses”, imagine-se só) e qualquer dia (já está a acontecer) sabemos que em certas escolas,em certos cursos, o nível de saída do 12º ano em termos de competências (literacias do PISA, por exemplo) ou de conhecimentos será, quando muito, semelhante ao antigo 9º ano de escolaridade (o que já seria muitíssimo bom, diga-se de passagem).

Quem “monitoriza”, quem avalia, quem põe ordem neste pandemónio em que os sucessivos governos eduqueses transformaram a educação (Maria de Lurdes deu apenas a machadada final)?

 Um sistema que cava mais fundo o fosso entre quem em casa consegue adquirir cedo as competências que o eduquês diz fomentar (construção da autonomia do aluno no seu estudo, ensino centrado no aluno , aprender a aprender) mas que na prática nunca aplicou nem  pode aplicar com turmas a 25 e mais alunos. A escola pública actual tende a impedir aqueles que não têm possibilidades de noutros lados ir buscar o treino no pensamento abstracto, de  adquirirem competências nessa área. Estou a falar dos alunos que não são génios, que estes são poucos e em qualquer meio social conseguem construir o seu desenvolvimento cognitivo apesar da escola. A escola não treina os alunos de inteligência média no pensamento abstracto, do 5º ao 9º a coisa vai-se muito   lentamente complicando e de repente, no 10 º ano , lá aparece o pensamento logico-dedutivo como pre-requisito. Os alunos sem treino familiar de conversas com linguagem do Português padrão “civilizado”, sem TV comentada com os pais, sem apoios vários  nos trabalhos de casa e de  “investigação” (trabalho de “projecto” aos 12 anos de idade), sem  jogos em família de trivial,  pictionary,  cartas  e outros jogos de estratégia, não entendem como é possível colegas deles chegarem rapidamente a conclusões quando é colocado um problema cuja formulação mal entendem, como é possível esses outros colegas terem boas notas sem estudar muito ou mesmo nada. Ninguém lhes diz a verdade: foi  em casa que adquiriram  essa capacidade, não foi na escola e  não é por serem génios!





Carnival of the Animals – introduction and lion

27 11 2009




Exposição no oceanário para os mais pequenos

25 11 2009

Abriu na passada segunda feira. Mais informações aqui.





Santana Castilho no seu melhor

25 11 2009

Reproduzido no blogue de Paulo Guinote o artigo de Santana Castilho, no Público de hoje,  sobre os últimos desenvolvimentos e peripécias da saga  avaliação de desempenho docente:

Um modelo de avaliação iníquo, tecnicamente execrável e humanamente desprezível é agora aceite em nome do pragmatismo.

A falta de classe

Como sempre, corrosivo, perspicaz e bem informado, na minha humilde opinião. É exactamente isso que está a acontecer e temo que as profecias do professor se realizem. Por exemplo,  a fractura da plataforma sindical seria muito prejudicial para a classe e muito favorável à sua destruição (da classe), em todos os sentidos.





Orphée aux enfers [Orpheus in the Underworld] – Offenbach

25 11 2009

Inevitável a banalização de uma música que fica no ouvido, nada a fazer, acontece aos melhores. Mesmo destino tiveram a Abertura de W. Tell, de Rossini, a Abertura 1812 de Tchaikovsky , Walkurenritt, a melodia mais conhecida da Walkiria de Wagner, Assim falava Zaratrustra de Richard Strauss e muitos outras melodias. Passaram a ser domínio público e é fatal como o destino: de banda sonora de filmes a música de fundo de spots publicitários tudo lhes pode acontecer, como por exemplo serem interpretadas por bandas de nível muito duvidoso. Acho que os autores não ficarão muito incomodados com tudo isso, estão todos mortos, apenas é triste que os nomes dos criadores das melodias simplesmente desapareçam , obscurecidos pelo nome de um realizador ou pelo título de um filme ou pior ainda, pela marca de um automóvel.
Porquê isto agora? Acontece que me apeteceu ouvir a Abertura 1812 com sinos de igrejas autênticos e canhões a sério para exorcizar fantasmas e fiquei irritada com os resultados da pesquisa no You tube. Em vez da abertura vai esta descida aos infernos , que também serve para esconjuros embora de outro tipo.