Rossini, Sigismondo 05 (Coro di cacciatori)

29 08 2016


Esta é ainda mais adequada ao meu estado de espírito 🙂





Encontrei , mesmo sem Endeavour :-)

29 08 2016


É suficientemente ridicularizante.
Desculpe, Herr C.M Von Weber, mas a caça como diversão é , foi e sempre será ridícula.
Weber escreveu Der Freischütz como uma ópera séria, que até influenciaria o jovem Wagner. Berlioz fez um “remake” , uma versão francesa para a Opéra-Comique . Ver Gardiner na reposição desta obra)





Alex Roe, Night of Hunt

29 08 2016


Encontrei esta música por andar à procura de músicas que ridicularizem a caça , imaginem só. Claro que aqui a caça deve ser outra. Pelos vistos (estive a ver no google) esta música relaciona-se com um jogo cujo enredo não investiguei. Assim , com esta música, fiquei a saber onde se desperdiça hoje a arte de bons compositores… Ou talvez não, de outra forma , os jogadores, jovens ou não, estariam a ouvir aquelas músicas das quais ,grande parte eu não gosto, ou mesmo não suporto, não apenas por me agredirem os ouvidos, mas por não lhes conseguir reconhecer qualquer qualidade…. Dirão alguns que é ignorância minha…. pois seja isso ou outra coisa qualquer, seja o que vocês quiserem….





A famosa sinfonieta de Leoš Janáček

26 08 2016


Wiki sobre Janáček
Fez esta obra para um festival de ginástica. Diz a wiki que foi uma das obras inspiradas pela sua grande paixão por Kamila Stösslová.





Continuação da saga da invasão

26 08 2016

Estou a pensar seriamente em tornar-me caçadora. Mais, vou ver qual a dimensão mínima do santuário de caça. Esta última, não acredito que tenha hipóteses algumas, um hectare não chega e estou demasiado perto dos predadores que têm uns ninhos de tijolo e betão, sabem a que bicho me refiro? Tenho mesmo que tornar-me caçadora. Uns chumbinhos no dito cujo nunca fizeram mal a ninguém. Claro que sei o que isto significa, mas por que razão criticam os EUA quando nós temos de certezinha mais de um milhão de caçadeiras – umas com licença, outras sem licença pois sai caro (e ainda bem). A GNR diz que há ainda muito mais do que isso. Mas só com mandato se pode entrar em casa das pessoas. Pois é, e ainda bem, mas…. No entanto, isto tem de começar a ser controladinho. Eu não me vou esquecer tão cedo da desfaçatez com que entraram aqui e andaram na horta que fica nem a vinte metros. Tenho de lá colocar um holofote! Agora posso dizer, meu companheiro não estava quando da cena dos tiros. Ele agarrava numa lanterna e ia lá baixo. Por um lado foi bom não estar. Como podem calcular não posso aqui dizer quando o meu homem está e quando não está. Vou adquirir lanterna forte e para a próxima, sozinha ou acompanhada, quem lá vai abaixo sou eu. Quero lá saber, já vivi 61 anos, esses não mos roubam. Não tenho dependentes. O raio que os parta , cobardes, matar os animais esfomeados em plena época de proibição de caça ou matarem uma pessoa, haverá grande diferença? Há diferença, pois há, é que suspeitos eu tenho alguns e já falei disso a algumas pessoas. Podem ir parar à prisão. As raposas não podem falar , eu já falei.
Tenho portanto uma lista de coisas a fazer:
-como tirar licença de caçadora
-como tirar licença de porte de arma
-como classificar um terreno como santuário de caça
-saber quais as regras e leis exatas que regem a caça, o limite de aproximação de casas é de 500 m, disse-me um vizinho. Bem eu vou ao ICFN na Lousã saber todas estas coisas. Conheço um guarda florestal , da próxima vez que o encontrar vou saber mais coisas.
Objectos a adquirir
-uma lanterna com boa autonomia e luz forte
-holofotes para colocar bem alto na floresta, alimentados a luz solar
-fazer orçamento para os pilares e o arame. Saber as regras exatas da utilização de arame farpado pois tenciono colocar esse mesmo à altura dos cornos do português médio. Não vou colocar baixo por causa das crianças e dos animais? Se for permitido , acho que até coloco mesmo arame farpado às três alturas, pois os animais não vão morrer por causa de um arranhão e vêem bem à noite e as crianças não têm que vir para aqui, só correm risco quando atravessam a linha. À noite só mesmo energúmenos andam pela propriedade alheia e de dia vê-se muito bem o arame farpado!





As primeiras baixas no ensino da Matemática A em nome do “sucesso”

25 08 2016

Já estive a ler em diagonal as novas orientações para o secundário na Matemática A. Receita simples : matérias que os senhores especialistas acham mais complexas são aligeiradas no 10º e mesmo adiadas para o 11º . No 11º ano faz-se o mesmo. No 12º a receita é mais drástica (sabemos que haverá alunos a iniciar o 12º e que terão exame em 2017). Logo, o que não se pode adiar… corta-se. Primitivas e integrais, decidiram eles. Pois são essas as baixas na Matemática. Acharam eles que passariam a matérias facultativas. Mantêm o espaço complexo , pois todos calculamos que seja uma matéria incontornável em problemas de engenharia básica. Quais problemas não me perguntem, perguntem-lhes a eles. O que eu sei é que as primitivas e os integrais , esses sim vão fazer falta nos primeiros anos de qualquer curso de engenharia, pelo menos era assim, tanto quanto sei. A menos que os cursos de engenharia superior estejam a fazer o mesmo que se preconiza para o secundário,ou seja, os alunos não sabem , adia-se para o ano seguinte. Em Economia as primitivas e os integrais também fazem falta, ou faziam, agora não sei.
Respirem de alívio as faculdades de Medicina pois os alunos não vão saber nem primitivas nem integrais que fazem uma falta imensa como calculam para fazer um diagnóstico correcto…………, mas vão saber muito sobre ……. o espaço complexo!!!!!.





Janáček, “The Cunning Little Vixen” e o energúmeno dos tiros

25 08 2016


Murakami em 1Q84 levou-me a Janáček: a sinfonieta e foi assim que descobri no you tube a sinfonieta e esta música que se adequa muito mais  aos acontecimentos desta noite. Já contei no face , mas eu conto aqui também.
Esta noite (que já é ontem mas eu ainda não fui dormir 🙂 ) às 10h 30m andou um energúmeno a disparar tiros de caçadeira ou mesmo outra arma, não sei dizer, na minha propriedade. Infelizmente não consegui ver o energúmeno. Berrei e espero que ele me tenha ouvido: “que é esta m………. ? Isto não é baldio!” Berrei a plenos pulmões e fiz tanto barulho como o ruído dos tiros. Chamei a GNR. Ainda não a vi e são estas horas……..quanto ao energúmeno calculo que ande a tentar matar a vida selvagem que ainda persiste. Mas não o faz na minha propriedade sem que chame a polícia. Estou a ver que a vida no campo tem outros aspectos que não serão tão idílicos assim. Fartei-me de berrar, acendi as luzes todas e vim cá para fora para se ouvir melhor! Medo? não tenho nestas ocasiões, a raiva é superior! Claro que não fui lá abaixo nem dei volta à propriedade, pois receei que o energúmeno me pudesse confundir com uma raposa tal é a inteligência que deve ter! Não quero nem tenho posses para fazer uma vedação contra energúmenos, que seria uma vedação também para os animais ainda selvagens que andam na sua vida e isso não quero. Ora quem tem galinhas proteja-as com vedações. Não desta forma, Entrar na propriedade alheia armados com esta desfaçatez, isso , santa paciência, não vou deixar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Vão ter de me matar primeiro. Quanto à guarda, vou lá amanhã saber se se enganaram na casa. Espero que sim que tenham ido a outras casas que assim o dito energúmeno fica avisado de que não pode fazer isto, coisa que ele já sabia,, mas é sempre bom ver a GNR. Espero que tenha sido assim, até foi melhor! Mas amanhã vou apresentar queixa. Impunidade é isto também. É acobardar-nos seja em que situação for e deixarmos que outros levem a melhor sem beliscão quando estão com uma arma. Impunidade é isto de acharem que os outros (os proprietários neste caso) vão ter medo!!!!!!!!!!!!!! É possível que nada lhe aconteça pois eu não o vi mas isso um dia pode mudar. Posso também um dia decidir por loucura temporária andar à caça de caçadores… nunca se sabe o que pode passar pela cabeça de uma pessoa quando lhe invadem a propriedade!





Música para sábado à noite

20 08 2016


“Wie Todesahnung…O du, mein holder Abendstern”. Tannhäuser. R. Wagner
Dietrich Fischer-Dieskau
Coro e Orquesta de Bayreuth
Maestro: Joseph Keilberth





“Cortigiani, vil razza dannata”

19 08 2016




Maria João Pires, 2012 e algumas ferroadas minhas

19 08 2016


Adoro a forma como pensa de forma livre,buscando a melhor palavra que nunca é a melhor, nota-se que precisaria do piano para a pronunciar, para formular a ideia… A forma como comunica oralmente é mesmo especial. Gostei particularmente da anti-publicidade ao piano moderno e como ela distingue a sedução da simples fruição da música. Atenção que ela não se refere aos pianos eléctricos ou eletrónicos, nem sei como se chamam. Ela fala dos pianos onde toca normalmente.
Quanto ao que diz no início, que a música deveria fazer parte de toda a educação desde muito cedo só tenho umas ferroadas para quem enfiar a carapuça. Todos concordam, não é? E o que fazem para isso? Dizem que sim. Quando faltam horários para os da casa, quem se preocupa em criar mais um espaço disciplinar, cujas horas teriam de ser atribuídas a professores vindos do conservatório ou de outras escolas de música? Hipócritas! São iguais na forma de atuar, na moral, na responsabilidade, aos que deixaram que o projeto de Belgais falisse. Quem não sabia que um projeto artístico e cultural como aquele nunca seria autosustentável, quem não sabia que seria sempre necessária a ajuda do Estado? Ainda a vi a conduzir um trator, o que , a bem dizer, racionalmente falando, não faz sentido nenhum, ou seja, colocar em risco aquelas mãos, aquela pessoa era disparate. Mas fazia todo o sentido, fez sentido para Maria João Pires, aliás ,o trator é apenas um exemplo. Faz parte dela esta ousadia, esta rebeldia, esta irreverência, esta forma de estar na vida. Sobre Belgais , na altura em que encerrou (2006) e a “quinta” ficou à venda, muito se disse e muito mal se disse desta grande pianista. Porque a hipocrisia da esquerda e da direita (são iguaizinhos no que à cultura diz respeito) é inesgotável. Eles entendem-se todos tão bem quando é preciso injetar dinheiro da CGD, quando se distribuem cargos e tachos!!!!!!!!!! E também quando é preciso estrangular a cultura para subsidiar a tortura, ou seja, as touradas, estão todos de acordo… “Cortesões, vil raça danada” (há muito tempo que não ponho esta ária a minha preferida do Rigoletto)
Maria João vive no Brasil onde possivelmente haverá mais gente “autêntica” a apreciar a sua música.E, segundo a wikipedia, não é verdade que tenha renunciado à nacionalidade portuguesa. Já terá dupla nacionalidade, calculo eu, pois há muito que a pediu.