Desilusão ou despertar?

Pelo menos quatro milhões de “misters” tão ocupados a discutir tácticas de futebol que ainda nem olharam para o recibo do salário, onde se registou uma descida nominal e é a primeira vez que isso acontece em trinta e muitos anos, se a memória me não falha. Pode ser que daqui a uns dias , quando acabarem de fazer a análise científica da derrota com o país “hermano”, comecem a pensar em coisas sérias. E ainda falta ver o que acontece à declaração de IRS de 2011 relativa aos rendimentos de 2010. Cheira-me a que haverá poucos reembolsos ao contribuinte e mais pagamentos a fazer ao Estado referentes ao primeiro semestre. Também isto é a primeira vez. É de facto assim, quem faz o primeiro golo tem probabilidades maiores de ganhar o jogo. Preparemo-nos para mais goleadas do Estado, em ataque cerrado à nossa carteira e até às nossas poupanças através da devassa da conta bancária. E isto por parte do partido que votou contra a investigação da legitimidade do enriquecimento por via dos sinais exteriores de riqueza.

Proposta de mascote para a selecção

Heart Sutra (dedicatória a Saramago)

Uma homenagem musical a Saramago. Sutra budista. Budismo , uma religião que não se opõe às outras.
Assim o nosso Nobel encontre a clarividência na transição que agora está fazendo.

Mozart ” Eine kleine Nachtmusik” Allegro

Uma forma simples de festejar a chegada da carta de alforria da CGA. No Diário da República sairá por volta do dia 6 de Julho. O meu “4 de Julho” foi já hoje. Cálculos do valor da pensão reportados à data de Fevereiro, por causa ou apesar do 238/2009. Despacho a 2 de Junho, por isso nada a refilar, já que só em 1 de julho terei 55,5 anos. Por isso, 8 anitos de penalização (ou seja 36%).
Fica o alerta, mandar o pedido de reforma antes dos requisitos obriga a escolher uma data que não pode exceder os 3 meses depois do pedido (não encontrei tal limite em lei nenhuma, mas assim foi informado telefonicamente) e corre-se o risco de se não beneficiar dos meses decorridos até ao despacho. Talvez a fórmula de cálculo actual obrigue a que se contem os meses todos até ao despacho, não sei nem quero saber. Não estou já interessada em alertar os sindicatos. Já o tentei fazer, mas não me atenderam por não ser sindicalizada, como já aqui referi em post anterior. Mas que tudo isto é kafkiano, continuo a achar. Só que não me vou incomodar, quem estiver nessa situação e for sindicalizado, informe-se junto do seu sindicato. Eu “cansei”, como se diz no Brasil. Já joguei e apanhei com a “grande penalidade”. Deixem-me preparar devidamente e, já agora, gozar a nova temporada.

Branqueamento ou nem tanto?

Estou mortinha por saber quem vai fazer o quê na votação final do relatório da Comissão de Ética.

90% de chumbos no exame de acesso ao estágio da Ordem dos advogados?

Público:

«Prova realizada em Março

Noventa por cento de candidatos a advogados chumbados no exame

16.06.2010 – 20:58 Por Paula Torres de Carvalho
Apenas uma minoria dos candidatos se vai assim poder juntar aos mais de cinco mil estagiários de advocacia já existentes em Portugal. Um número considerado excessivo por Marinho Pinto, de pessoas mal preparadas e condenadas ao desemprego. Contra o “facilitismo” da entrada na profissão, o bastonário decidiu criar um exame escrito de acesso à Ordem, à semelhança do que se realiza para o Centro de Estudos Judiciários, a escola de formação de magistrados.[…]

Segundo a advogada das jovens a “restrição do livre acesso à profissão” que o exame implica, viola o artigo 47 da Constituição relativo à Liberdade de Escolha de Profissão, entendimento a que o Tribunal Administrativo de Lisboa já deu razão. Marinho Pinto recorreu em defesa da qualidade do exercício da profissão no mercado de trabalho.

Raramente estou de acordo com Marinho Pinto, pessoa que não parece ser muito forte na coerência das suas denúncias, especialista em ilibar o PS e este governo de responsabilidades em quase todos os campos. No entanto, neste caso estou inclinada a concordar com ele,  uma profissão como a dos advogados deve ser exigente no recrutamento, pois não acredito que o estágio vá suprir as lacunas de um curso de Direito. 

As candidatas excluídas não deveriam antes processar as suas faculdades por não as terem preparado devidamente? De qualquer forma, seria interessante conhecer o enunciado das provas. E isto faz-me pensar no exame de acesso à profissão de professor. Para mim não é linear a sua rejeição mas tenho dúvidas sobre a capacidade ministerial para elaborar um exame adequado , quando a tutela não faz a mais pequena ideia de quais devem ser os conhecimentos básicos de um professor. O ME não é competente para seleccionar candidatos . Deve ser uma Ordem a fazê-lo. Mas “cruz canhoto, vade retro satanás” dirá a FENPROF à ideia de Ordem e por isso tão aguerridamente se opõe ao examezinho depois da licenciatura das ESEs e outras de qualidade duvidosa, para acesso à profissão de professor.

Que reacção das faculdades de Direito?

Ella Fitzgerald

Nome completo Ella Jane Fitzgerald
Apelido Primeira Dama da Canção, Lady Ella
Data de nascimento 25 de março de 1917
Newsport News, Virgínia
País Estados Unidos
Data de morte 15 de junho de 1996 (79 anos)
Beverly Hills, Califórnia
Gêneros Swing, pop tradicional, jazz
Ocupação Cantora
Período em atividade 1934–1993
Página oficial www.EllaFitzgerald.com

Das maravilhas da “autonomia” das escolas

Duas denúncias divulgadas no blogue de Paulo Guinote: Sintra e Baixa da Banheira

Eu diria antes : “coisas muito simples” de prever quando os tiranetes  nada têm a temer. A tutela protege-os e até os encoraja a que nada mude. As “recomendações” são, por definição, apenas isso, não são imposições, não são ordens, não são penas. A situação descrita na escola citada da Baixa da Banheira é preciosa: parece um catálogo do que se passa um pouco por todo o lado, de norte a sul do país, em perfeita impunidade, em escolas com  “liderança” “forte”, que são muitíssimas. Só que normalmente essas escolas não cometem todos os actos constantes do catálogo como aquela que quase consegue esgotar  os meios  de corrupção (que outra coisa não são) disponíveis e possíveis de serem efectuados numa escolinha pública.

Breve intervalo

Breve intervalo na interrupção de posts. Agora que o tempo melhora e outras circunstâncias se alteraram na minha vida, o apelo de Vale de Corvos impõe-se.  A terra que não produz aquilo que queremos sem uma ajudinha, um esforço,  como aliás tudo na vida da maioria das pessoas, é mais exigente, é muito menos facilitista do que a educação “Nacional” (do Governo que temos) faz crer aos futuros cidadãos, na sua passagem pelos vários graus de ensino. A terra, desde que haja água, produz sempre, só que gera de forma espontânea ervas daninhas, muitas mais do que legumes saudáveis, para dar só um exemplo. O mesmo se passa se não tratarmos de “educar” os rebentos novos do país que somos: pestes e pestinhas será o que teremos, um pouco por todo o lado, como já se vai vendo, a chegarem ao governo sem qualquer laivo de qualquer coisa que se pareça vagamente com ética. Na horta como na educação, não defendo o uso de pesticidas, aconselho mondagem mecânica ou manual, muita paciência e persistência.

Depois deste preâmbulo, vou apenas destacar uma notícia do Expresso sobre os cortes da Alemanha no orçamento, incidindo sobre despedimentos de militares. A medida tomada dá que pensar.

Finalizo acrescentando que uma visita ao meu blog proveniente do blogue “Catarse” (que eu não visitava há alguns largos meses) me fez consultá-lo e ficar um pouco desapontada com o excesso de notícias em Inglês e com o novo visual.  Para apoio à Bruna bastava o post a ela referente, acho eu. Mas cada um é fã daqueles ou daquelas que entender… Mas encontrei uma clip delicioso do programa “Nós por cá”  num post de Maio com Sócrates no seu melhor.

Plano de formação para profissionais de saúde

Em qualquer dos níveis e patamares das carreiras de pessoal administrativo, médico , enfermeiro, director de serviços, director clínico, administrador hospitalar, presidente do conselho de administração, director Regional de Saúde, Director Geral de “qualquer coisa terminada em Saúde”, até ministro, a formação complementar obrigatória deveria ter como componente prática um mês de passagem pelo sistema enquanto doente/utente (em regime rigoroso de anonimato com nome e cartão imaginário, para que se não soubesse quem era o senhor que ali estava a ser “servido” pelo “Serviço” Nacional de “Saúde”). Pelo menos um mês, em que teria que seguir todos os passos do utente “infra”: primeiro deveria ir ao centro de saúde da localidade, depois ao serviço de urgências, durante vários dias, um dia para cada situação (grave, média e menos grave ou seja-verdinho na pulseira). Internamento. Alta precoce para libertar camas. Cuidados continuados inexistentes. Para ser a sério mesmo, deveriam ser induzidos os sintomas, para que a experiência fosse realista e os formandos pudessem daí retirar lições para a sua futura profissão e inerentes responsabilidades.
Não vou contar a minha experiência de hoje (em que não era eu utente mas acompanhante) que quase me provocou um AVC, não fosse ter sempre à mão um pacinone e uma aspirina. Deixei reclamação, como sempre faço, pois não chega ter perdido a cabeça e ter feito cena com voz alta para que toda a sala de espera ouvisse. Não chega, a sala de espera cheia de “gente madura” continuou impávida e serena, assobiando para o ar , continuando a contar as moscas, que eram bastantes, durante 3, 4, 5, 6 horas de espera por consulta de emergência ou por informações sobre familiares. E reclamações ainda não são vistas como actos de cidadania por um povo de brandos costumes que “os tem no sítio” só quando se trata de ralhar ou agredir a mulher, salvo honradíssimas excepções mas que infelizmente me parecem ser cada vez menos numerosas…
O Hospital que me motivou este primeiro post sobre o assunto chama-se HOSPITAL DE SANTO ANDRÉ-LEIRIA, hospital público de gestâo (será que têm mesmo gestão?) privada, salvo erro, mas depois saberei melhor. Agora não interessa nada e tenho que me acalmar ainda antes de proceder por via DECO e jurídica.