M. Ravel: Bolero: Tomomi Nishimoto.

29 09 2016

E o mundo tinha só uma lua nesta versão. Coincidências. Foi uma mulher mais ou menos assim que imaginei para o papel de Aomame no livro “1Q84” de Murakami.

Lembro-me bem quando tive de autocensurar um vídeo magnífico com uma edição espetacular em que se misturava a dança de uma mulher com a de um homem. Lembro-me bem , mas não encontrei agora e não vou perder mais tempo.





Um blog mal amado, até por mim. Que tal exterminá-lo?

29 09 2016

O meu blogue é hoje o tema. E a pergunta não é retórica mas é só para mim 🙂
“Likes” tenho muito poucos.
Quanto a visualizações podia ser pior, mas são relativamente poucas 160 mil desde 2007 convenhamos não é muito.
O meu tom vai do sarcástico ao dramático , passando raramente por umas “cenas” “tipo” ternurentas ou lamechas. Autocomiseração à mistura com fel e fúria de não querer ser vítima….há muitos posts assim . Um pouco “tipo” bbbbrrrrhhhhhhh
Um blog um pouco esquizofrénico.
Ou bipolar? Ou paranóico?
Quem sabe lá….
Não é um blog de esquecimento, portanto não tem ainda Alzheimer

Mas convenhamos que é um pouco depressivo.
E não publica estudos nem os faz.Estudem os leitores , há por aí muitos estudos… a custo zero e outros a custo de centenas de milhares e mesmo milhões.
É assim o meu blogue. Sempre foi um blogue para desabafos.
Mas estava pensado para desabafos na educação, depois foi sendo mais abrangente. Chegou a política. A forma como Passos chegou a poder com o apoio da extremamente cínica e hipócrita extrema esquerda assumida e o apoio ainda de uns tantos líderes de opinião que se consideram independentes e livres pensadores e mais não são do que conservadores, mas que a si se vêem como de esquerda. Depois veio Costa (que eu contribuí para eleger nas primárias, enquanto muitos opinadores que hoje o apoiam diziam mal dele)… depois a jigajoga que deu origem à geringonça que vai de vento em popa a conduzir o país ao segundo resgate , fazendo de conta que não, à medida da estupidez de quem vai acreditando no que dizem.
E isto tudo tornou o blogue no sítio onde posso descarregar as fúrias. Contra a hipocrisia, contra a cretinice vazia de sentido dos raciocínios feitos por quem hoje distingue a “esquerda” da direita”. Contra mim própria também, sim porque o que fica disto é um gosto amargo , não sei mesmo se não fico pior depois de explicitar a fúria. Pois ninguém é coerente e a coerência absoluta é nazismo (em todas as suas formas e há muitas).

E se eu acabasse com este blogue? Vou pensar nisso a sério. Tenho outro igualmente sarcástico ou pior, mas agora está dedicado a uma certo animal feroz de estimação. Não, não encontram com o nome…. mas também não interessa.
Realmente, por que raio não escrevo eu sobre receitas de culinária ? E sobre como tratar um tanque de peixes agora que vou sabendo mais qualquer coisinha embora ainda não tenha encontrado forma de recuperar peixes com hidropsia? E sobre que vestido ou sapatos e pochette usar em cada ocasião? E se a moda é elegante ou não? Ou como sentar em público agora que descobri que isso é importante ( raramente uso saias por isso nunca me preocupei com tal coisa) e até me deram o exemplo a seguir.

Ou fazer poesia matemática ou matemática poética, hehehehe….. poesia económica é uma contradição… Mas não tenho talento, de qualquer das formas. Sei que não é obstáculo mas mesmo assim, há que tentar manter alguma lucidez….

Criar um site só para as ilustrações? Acho que vai ser isso a melhor solução . Afinal, apesar de não ser um daqueles talentos indiscutíveis e a minha criatividade ser relativamente fraca, já vou tendo o meu porte-folio ou portfólio ou portefólio ou portefolium………como queiram

É isso, ao menos isso pode ser que vá dando uns dinheiritos para complemento de reforma que está corroída, por causa das condições atmosféricas.





“08/03/08” (mais alguns comentários sobre o livro)

28 09 2016

Acabei de ler este livro de P . Guinote, há já alguns dias. Primeiro devo acrescentar ao que já disse em outro post que aconselho adquirirem o livro. Não, não tenho ações na Leya e não , não sou agente de marketing da editora ou do autor. Em relação este, como já terão tido ocasião de testemunhar, não concordamos em muitos aspetos da vida política nacional. O livro é uma ferramenta indispensável para relembrarmos o momento que determinaria que nada fosse igual no dia seguinte. O autor não afirma claramente isso, mas afirmo eu. Ajuda a relativizar e colocar em perspetiva o que aconteceu. É um bom auxiliar de memória para usar quando temos de responder a pessoas esquecidas ou apenas ignorantes, ou apenas distraídas com a sua vidinha. Está bem escrito e podemos dizer que é afinal também uma obra coletiva pois os testemunhos de professores ocupam grande parte do livro , embora a responsabilidade da seleção dos mesmos seja apenas do autor. Como é da sua responsabilidade a seleção da lista de blogues (onde achei alguns que devem ter tido um papel de relevo, embora eu não tenha dado por eles, mas quem sou eu para medir impactos de blogues …..).
Quanto ao epílogo, não entendi mesmo, mas isso é porque não sou muito inteligente. Deve haver ali algo de genial que me escapa.





“O corredor desconhecido”(Alex Roeka): tradução do texto

27 09 2016

O texto é também uma boa metáfora para a vida fora do ciclismo, por isso me dei ao trabalho de traduzir.

Letra e Música de Alex Roeka
(Tradução minha)


“Ninguém me vem perguntar nada
Na barreira perto da meta.
Pedalo como uma sombra através dos dias,
Só a minha mãe sabe como me chamo.

Ajudo o nosso líder a ganhar
Esforço-me sempre para além do máximo.
Ele acena com os gladíolos
E eu na minha cama com a morte.

REFRÃO:

Sou o corredor desconhecido
Para mim não há café dos fãs
Não há beijo da maravilha loura
Mas já pedalo há cem anos

O pior são as montanhas
Completamente sozinho na retaguarda
Pedalas no fim do mundo
Duvidando de que existes

Às vezes recebes um afago do líder
Isso atenua a dor da ferida.
Olhas para ele com os teus olhos
Agradecido como um cão

REFRÃO
……………….

Naturalmente, tenho recebido.
Todos recebem aqui qualquer coisa.
Para poder participar
E por amor da bicicleta.

Eles precisam de um bode expiatório
Para a seu próprio dececionante fracasso
Eu concedo-lhes o fel e a verdade deles
E o resto não me interessa

REFRÃO
…………

Mas já pedalo há cem anos”

Nota de tradução de “maar ik rij wel al honderd jaar mee”: “mee rijen” significa “pedalar com” (à letra). Deixei apenas o “pedalar” pois “participar” não significa “participar pedalando ” e esta última ficava mal…Também a palavra wel não traduzi (significa muita coisa , neste caso , seria algo como “de facto” “o certo é que”. Deixei apenas “Mas pedalo há já cem anos”.
Dificuldades de uma tradutora de uma língua de que gosto muito e que muito respeito. Há mesmo coisas que se perdem na tradução.





Música ao ciclista “corredor desconhecido”

25 09 2016


aqueles que ninguém aplaude, nunca vão ao podium mas ajudam os heróis, e acabam as etapas e continuam sempre a correr, mesmo sem glória individual.
“Ik rij al honderd yaar mee…” (já corro há cem anos…)

Estive a investigar: O ciclista presente no programa é Rob Harmeling.Há outro vídeo no you tube , infelizmente incompleto, mas está obviamente em Holandês .





Eneco Tour

25 09 2016

Hoje a etapa rainha com os muros todos. No Eurosport 1 e falaram desta música.
Fica aqui também, já coloquei no face, a música criada por Alex Roeka (lê-se alex ruka) para o muur van Geraardsbergen que já coloquei aqui há uns anos.

Se só agora começaram a ver o muro mais inclinado o da Capelle já passou, têm de voltar para trás, mas este de Geraardsbergen ainda vai passar mais uma vez. Interessante, o tempo agora em directo está como no vídeo, chuva.
A prova terminou com apenas metade do muur mais difícil (empedrado e inclinação extrema)





Esclarecimento sobre o meu post sobre o imposto geringonço e Mortágua

25 09 2016

Escrevi há uns dias um post sobre o imposto patrimonial que está a ser cozinhado pelo bloco e/ou pela geringonça. A visada foi Mortágua que o apresentou como se estivesse no governo. Enfim leiam de novo não vou repetir.
Uns dias depois verifiquei que anda a circular na net uma peça hedionda sobre o pai dela. A extra -direita não sabe mesmo funcionar de outra forma. Que temos nós (e o imposto ) a ver com o pai dela? Não é ela crescidinha para saber o que quer e responder pelo que faz? Tem de responder pelo que o pai fez? Tem de ser igual ao pai? Mas por que carga de água é que isto vem ao barulho? São tão estúpidos, coitados. Aliás verifiquei isso quando andei pelo grupo no facebook de apoio ao juiz Carlos Alexandre ( que calculo que nada tenha a ver com aquele grupelho do facebook) , grupo do qual fui expulsa ou bloqueada. Eles lá saberão porquê… também escrevi sobre isso há uns tempos. Mas não interessa. As minhas incursões de internauta por mares diversos vão produzindo frutos: fico a saber quem é quem , no geral, pois raramente se identificam individualmente com o nome.
Este post é para me demarcar claramente desse texto imbecil que, como calculam, não vou aqui linkar.





Carminho _A saia rodada

25 09 2016

Sabe-se lá se não vou casar pelo fim do Verão que vem , Outono ou Inverno que está mais fresco. Mais vale tarde que nunca 🙂





Pablo Alborán Con Carminho-Perdóname e os gostos musicais

25 09 2016

O que chamo um desarrincanço. Na música dita ligeira sou muito exigente à minha maneira. Podem achar que esta música não vale nada e provavelmente os nossos intelectuais acham isto uma m… Assim como acham uma m. o fado. Porque está ligado ao antigo regime… e é lamechas…e acaba aí a crítica. Quando Carlos do Carmo canta ou Paredes tocava a guitarra abrem uma excepção… adoro a coerência….. .Eu não estou nada ralada com não gostarem disto que até não é fado apesar da guitarra portuguesa. A maior parte do que acham bom ,na música pop, rock ou lá o que lhe chamam, e da qual não percebo nadinha, sinceramente, esforço-me por tentar perceber porque consideram boa música… juro que sim. Às vezes concordo. Boa voz, boa execução no baixo (é assim que se chama a guitarra eléctrica?), na bateria , tudo bem… Façam o mesmo (se conseguirem, o que duvido). Quanto à música clássica parece que vai estando na moda. É fino gostar de música clássica e dessa forma a esquerda  (e é fino ser de esquerda) vai divulgando no face e nos blogues, mesmo que não seja Lopes Graça. O que é bom para a música clássica.
Já ponho outra da Carminho de que gosto, essa vão adorar.





Bach Partita Nº 2 (Itzhak Perlman)

25 09 2016