Foi ontem , foi curtinho , mas deu para imaginar o que vai acontecer. Há estudos altamente…… Com tudo calculadinho ao pormenor, calculo que tenham calculado quanto renderá a área que hoje está “abandonada”, a mato, se toda transformada em eucaliptal… Calculo, pois não li, apenas me guio por números adiantados pelo autor do estudo…. gostava de saber ao certo a independência desse estudo, se não foi sponsorado por uma ou várias empresas cujo nome começa ou termina em Cel…….. Guio-me também pela ênfase com que o autor do estudo disse que este ano não se defendeu a floresta mas apenas as pessoas e casas……..
Agora querem que também o contribuinte venha a pagar os custos de manter , defender, “limpar” a floresta que vai servir os lucros das celuloses. Que as mantenham as celuloses. Calculo que este ano tenha havido alguns problemas com a qualidade da matéria prima, ou quantidade, pois se recusaram a aceitar eucaliptos e pinheiros queimados…………………………….Querem agora responsabilizar também os proprietários de florestas que estão longe de habitações, forçá-los a vender pois ninguém pode limpar florestas de maus acessos, quando a mão de obra escasseia e os custos por um dia de trabalho são quase a totalidade das reformas mensais de alguns proprietários … forçá-los a vender, a desistir e depois tomar conta das terras meter as máquinas pesadas a estilhaçar sobreiros e carvalhos jovens a que chamam mato e terraplanar , fazer socalcos, e plantar eucaliptos muito “ordenados” em filinha (que arderão em fogo de copa na mesma, é só necessário que algum doido incendeie uma árvore). Tudo à custa do contribuinte, pois os fundos para essas operações , como está bem de ver, não vão vir das celuloses …. Este é o passo que se segue. Parece ser o último acto , a grand finale o quarto acto de uma peça inédita sobre os fogos escrita pelo meu pai no mês de novembro de 2005 o mês em que iria falecer. Ainda bem que ele já não viu isto, de onde está ,se está a ver, calculo que esteja bem acompanhado pela luz que tudo relativiza. Apetece ir ter com ele, mas ainda é cedo.
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