Barroso, Sócrates, Constâncio & Cª, sociedade de responsabilidade nula

12 07 2011

Cada vez menos me sinto capaz de adaptar-me a estes tempos de Europa medíocre. Barroso : a que título vem ele falar de Portugal e dos erros quanto ao BPN? Como faria ele? Claro que até posso concordar, deixar falir teria sido talvez melhor, mas só no caso de simultaneamente  se terem prendido preventivamente (durante os anos que fossem precisos) toda a canalhada ligada a esse banco, entre os quais estão colegas de partido dele, Barroso. E ao mesmo tempo ter sido arrestado tudo quanto fosse património pessoal ou familiar dessa corja. Desculpem, estou mal humorada, a linguagem resvala. O BPN parece ser pormenor pouco importante para Barroso. Mas o BPN foi o paradigma de uma certa gestão bancária.  A pseudonacionalização do BPN foi o paradigma de uma certa gestão político-financeira, de promiscuidade  entre a política e a alta finança, de abuso dos poderes e objectivos do banco do Estado : a CGD, que meteu o bedelho onde foi necessário para as mais variadas negociatas, favorecendo umas vezes alguns amigos, lixando o negócio a outros menos amigos. Berardos , Salgados, Varas, e outros mais tudo à mistura.

Por outro lado, infelizmente, Barroso foi o paradigma da ética dos babyboomers*: por-se a cavar enquanto é tempo e pirar-se para um poleiro muito acima das suas competências. Deixou o país e o partido dele na m…. mas que interessa isso, foi fazer o frete ao Bush e a uma certa Europa. Nem convém falar muito de como essa certa europa tudo tem feito para se distanciar do sonho original do projecto europeu. Porreiro , pá! Né? O amigo inginhiero vai estudar filosofia para Paris (espero que desta vez não seja às nossas custas, numa qualquer bolsa para a qual eventualmente tenha concorrido a um Domingo, o de 5 de Junho, por exemplo) também não vai responder por nenhum processo em que esteja envolvido (suposto inocente antes de prova em contrário). Outro que se pirou na boa foi Constâncio… que Europa é esta que acalenta e premeia a incompetência (esta não preciso de disclaimer, é mesmo, o Banco de Portugal falhou de forma grossseira na fiscalização do funcionamento do sistema bancário)?  Mas quero mesmo explicitar outra expressão, só porque gosto do som dela e tenho liberdade de falar do que quero: leviandade na gestão da coisa pública ( mas não estou a afirmar  que houve leviandade da parte de uma pessoa, seja ela qual for, nada disso, pois as pessoas  presumem-se inocentes até prova em contrário).

Isto sou eu a dizer coisas. Coisas vagas , talvez, mas toda a governação Sócrates me cheirou a isto: esturro. Ou seja ou as batatas ou as sardinhas ou os pimentos estavam a queimar-se… Os cheiro das batatas a queimar confunde-se com o cheiro do carvão. As sardinhas também se transformarão em carvão mas antes disso há muitos sinais que nos permitiriam ir lá virá-las a tempo do almoço não ficar esturricado.

Nota *: Babyboomers nos quais me incluo, e devo dizer, pirei-me também, mas daí não veio mal para a dita RES. Estavam a pagar-me para fazer passar de ano (para sairem com diploma de 12º) pre-delinquentes e fartei-me, parecia-me prostituição, passe a expressão.