Alguém pergunta no motor de busca o que é a ADSE . A sigla vem do nome já muito desactualizado associado à sua origem histórica: “Assistência na Doença aos Servidores do Estado”. Comparticipa nas consultas com cerca de 1/3 ou muito menos menos conforme for clínica geral ou especialista. Paga as contas no hospital público. Nos hospitais públicos é perguntado à pessoa antes de ser atendida: cartão de utente do SNS ou ADSE? Se a pessoa não tem nenhum deles, a pergunta já vem à americana: seguro privado? Não sei o que fazem aos que também isso não têm como imigrantes ilegais. Acho que os tratam ainda….mas a ver vamos. A ADSE comparticipa com alguma percentagem nos medicamentos com receita médica. Só podemos apresentar as despesas se o médico tem convenção com a ADSE. Nalguns casos, nas clínicas privadas com convenção da ADSE, só se paga a taxa moderadora. É um subsistema que tem a enorme vantagem de podermos escolher o médico. Mas temos que pagar: pagamos à A.D.S.E. todos os meses mais a parte não comparticipada de todas as outras despesas médicas, à escepção das hospitalares, como todos os utentes do SNS não pagam, só desembolsam a taxa moderadora. Só têm direito à A.D.S.E. os “servidores do Estado” com vínculo. No “meu tempo” todos tinham ADSE fossem efectivos ou contratados (os provisórios como então se chamava). Cheira-me que este subsistema está na calha para desaparecer e ser engolido pelo regime geral. Espero que seja só cheiro imaginário, pois ando um pouco paranóica com filmes de terror a passarem na minha cabeça antes de serem estreados nos cinemas ao pé de si, caro leitor. O modelo deveria ser exemplo para uma reforma do sistema de saúde. Os seguros privados têm a sua lista de médicos avençados, coartando a escolha do utente. Acho que quem ganha mais deveria sempre pagar um seguro com pacotes de coberturas variados, mas com um básico obrigatório. Acho que todos devederiam ter o direito de escolher o seu médico. A ADSE é uma espécie de seguro, só que como as contribuições dos funcionários públicos ficam logo no orçamento embora devessem (e espero que assim seja) ser consignadas apenas aos custos a que dizem respeito, as pessoas têm a ideia que é “O CONTRIBUINTE” que paga. Não, não é o contribuinte, ou por outra, são os contribuintes funcionários públicos que descontam no salário que corresponde ao trabalho desempenhado nos serviços públicos e que neste país calculo serem a maioria dos empregados dos serviços. Os bancos tinham um óptimo subsistema de saúde, não sei se já foi engolido. As Forças Armadas, também , com hospitais próprios e bem apetrechados. Não me cheira que tenham perdido essa regalia, uma vez que … a sua força negocial apesar de por lei não existir, pois nem sindicatos podem ter, virá de outras circunstâncias que se adivinham. A ADSE é um sistema caro para o funcionário, só atenuado pelo facto de podermos colocar a parte não comparticipada para dedução no IRS, aliás como todos os outros cidadãos contribuintes.
Atualização: Penso que atualmente já não é a ADSE a pagar o hospital público pois esse está englobado nos impostos ou TSU que os funcionários públicos também pagam. Sobre os últimos acontecimentos ,ver artigo mais atual sobre a ADSE https://maisk3d.wordpress.com/2019/02/13/ate-quando/
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