A avaliação da competência científica, nestas condições, não poderá ser feita. Que legitimidade tem um titular para avaliar cientificamente o seu par apenas por ter tido experiência de cargos nos últimos sete anos ? Então e os que tiveram a mesma experiência antes disso? São menos bons? Talvez um grau de especialização cientifica pudesse dar autoridade nesse âmbito. Mas mesmo com o grau, terá sentido avaliar cientificamente outros professores em sede de ensino não superior? Aliás, como estamos a ver, nem a questão se coloca, dado que poucos são os titulares com doutoramento, o que decorre do facto de que apenas os que conseguiram obter o grau em sobrecarga com o serviço lectivo puderam capitalizar em pontos essa qualificação.
A avaliação não deve incluir essa componente. Quem qualificou os professores foram as universidades com diplomas que conferiram habilitação para a docência. A ter que ser avaliada essa componente devem ser as universidades a avaliar TODOS os professores qualificados. Esta a ideia que defendo pessoalmente , e apenas se tiver que ser.
De facto, pessoalmente, prefiro um sistema de avaliação externa e independente da escola como um todo, que a responsabilize pela solução de problemas detectados, pois, como já defendi aqui, pode promover a cooperação entre professores e não a competição insana como o sistema que o ME apresentou.
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